São precisos cerca de 9 milhões e 800 mil euros para trabalhos de manutenção na habitação social da cidade do Porto sem os quais, no futuro, a continuada degradação dos materiais implicará obras de reabilitação profundas e onde a fatura envolverá verbas muito superiores, conforme estima o Departamento de Engenharia Civil (DECivil) da Universidade de Aveiro (UA).
Nos 48 bairros de habitação socais do Porto vivem perto de 30 mil pessoas em cerca de 13 mil fogos distribuídos por 550 edifícios, a maioria dos quais construídos há mais de meio século.
Ao longo dos anos a construção de novos edifícios de habitação sobrepôs-se à manutenção dos edifícios existentes, segundo Aníbal Costa, investigador do DECivil e um dos coordenadores do estudo. “Foi havendo um decréscimo de qualidade quer devido à constante degradação quer devido à obsolescência das construções mais antigas”, algumas das quais com 75 anos de idade.