O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, disse esta segunda-feira em Aveiro que há um «arrefecimento económico» devido à perda de confiança dos investidores em Portugal e pelo susto preocupado de termos setores radicais com poder na gestão do Estado».
No discurso de abertura do seminário «Portugal2020: os Fundos Comunitários e as Autarquias Locais», o autarca classificou o município «em plena fase de crescimento económico, no turismo, em vários setores da indústria, no imobiliário, entre outros, apostados em seguir nesse caminho, embora sentindo já o arrefecimento dessa dinâmica nalgumas áreas, por perda de confiança dos investidores em Portugal e pelo susto preocupado de termos setores radicais com poder na gestão do Estado, que condicionam a sua prestação», uma alusão à coligação PS-PCP-BE.
Esses «setores», disse, «acham que o problema dos incêndios é a existência das árvores, que o problema da morte é a existência da vida, que se arrependem de fazer o que fazem a cada dia, e que assumem que a frase que faz título hoje é mais importante do que as opções estruturantes e o trabalho intenso que faz crescimento e qualidade de vida a cada dia e no importante futuro que ainda não descortinamos».
Por isso, Ribau Esteves diz que «é fundamental deixar esses radicalismos pelo caminho, e encontrar caminhos sólidos de convergência, subordinados ao interesse público e ao serviço dos portugueses».
Fundo de Apoio Municipal O presidente da Câmara disse ainda que o município de Aveiro é «um dos vinte aderentes ao Fundo de Apoio Municipal, ainda à espera, como outros 17, da aprovação plena do Programa de Ajustamento Municipal, cuja legislação foi publicada em agosto de 2014, tendo a Câmara Municipal de Aveiro formalizado a sua adesão em setembro de 2014».
Um fundo que os municípios «continuam a alimentar sem que os problemas dos municípios sejam resolvidos: até em operações de urgência, eu diria de emergência, a hiper-burocracia continua a mandar mais que a necessidade do Estado e dos cidadãos, do que a premência de resolver doenças graves de componentes do próprio Estado. Urge que este estado de coisas seja alterado».
Fundos comunitárioscPara Ribau Esteves é «urgente resolver os seus defeitos de nascimento (Fundos Comunitários do Portugal 2020), com origem na União Europeia e em Portugal, os seus problemas de gestão e de dossiers ainda pendentes que hoje continuam a existir em várias das suas componentes, e a sua adequação a um Portugal, a uma Europa e a um Mundo, que têm uma velocidade intensa de mutação, não compaginável com o imobilismo e a morosidade doentia com que as decisões em Portugal e na União Europeia teimam em continuar a dar um mau contributo para a construção de mais e melhor Portugal e de mais e melhor Europa».