A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza afirmaou esta quarta-feira que o Relatório Final da Avaliação da Qualidade do Ar na Envolvente do Porto de Aveiro confirmou objetivamente os impactes da movimentação de petcoque na saúde pública e também nos bens dos habitantes da frente urbana contígua à zona portuária mas a Cimpor garante que cumpre todas as regras e que o processo contraordenacional foi arquivado.
Segundo o presidente da Administração do Porto de Aveiro, Braga da Cruz, não está em causa a saúde pública.
Mas a QUERCUS espera que o processo de contraordenação à CIMPOR «decorra com a maior celeridade possível e pede uma condenação exemplar. A QUERCUS exige ainda que sejam apuradas as responsabilidades da Administração do Porto de Aveiro, das entidades fiscalizadoras do Ministério do Ambiente e da Autarquia que permitiram as operações no local sem licenciamento e sem avaliação da qualidade do ar e do impacto ambiental».
Considerando insuficiente a projeção de água pulverizada sobre a pilha de petcoque na carga e descarga, a utilização de camiões cobertos e os cuidados adicionais na operação das gruas, a Quercus “exige que o Porto de Aveiro» instale «barreiras quebra-vento a norte das pilhas de petcoque armazenadas a céu aberto que, dentro do possível, limitem o arrastamento deste produto pelo vento, e mitiguem o impacto da dispersão das partículas e poluentes; o estabelecimento de uma estação de monitorização da qualidade do ar, em contínuo, e o controle dos lixiviados, de forma a evitar a contaminação das águas da Ria de Aveiro».