O PCP “reclama uma rápida intervenção, através dos organismos existentes, por forma a defender os direitos e interesses” de 16 trabalhadores da empresa Lusosuber, em Rio Meão, Santa Maria da Feira. Os comunistas da Feira desencadearam várias acções em redor dos trabalhadores com salários em atraso e em risco de perder o emprego.
Na sexta-feira, 4 de Janeiro, a euro-deputada Ilda Figueiredo desloca-se à empresa “para se inteirar da situação daqueles trabalhadores que ali se encontram em luta há vários dias, e para lhes manifestar a solidariedade deste partido”. A visita da eurodeputada segue-se à de uma delegação do PCP, que incluía Manuela Silva, do Comité Central.
O PCP denuncia o incumprimento de um acordo celebrado com os trabalhadores, “com mediação sindical”. Segundo o acordo, a fábrica suspenderia a actividade, por tempo indeterminado, mas os salários não deixariam de ser pagos.
Está em causa a manutenção do emprego e do pagamento de 6.000 contos de salários . Segundo o PCP, os trabalhadores “sabem que dentro da empresa, há “obra” feita, que o patrão se prepara para vender, em segredo”. Por isso, a 28 de Dezembro, “decidiram bloquear o acesso à empresa, dia e noite, impedindo a saída de qualquer material, sem o seu controlo”.