A primeira intervenção no distrito do cabeça de lista do PS por Aveiro, Manuel Pinho, esta quarta-feira, foi dedicada às questões económicas e o resto dos assuntos tiveram de ser abordados pelo líder da federação e mandatário, Alberto Souto.
Quanto a Aveiro, o porta-voz do PS para as questões financeiras apenas prometeu “ajudar” a combater o crescimento do desemprego que nos últimos três anos atingiu os 11 mil no distrito.
De resto, o cabeça de lista por Aveiro, com raízes em S. João da Madeira e Espinho, defendeu a “estabilidades das políticas”, “objectivos credíveis”, criticou e culpou o Governo da coligação PSD-PP pelo “crescimento económico zero”, também nos últimos três anos – “o mais baixo desde a II Grande Guerra” e apontou para alguns aspectos negativos no domínio da formação.
Foi Alberto Souto que abordou os principais problemas do distrito e se dirigiu às candidaturas adversárias do PSD e PP.
“São onze e meia e ainda não houve nenhuma barracada do Governo”, ironizou Alberto Souto partindo para se dirigir aos cabeças das listas do PSD, Marques Mendes e do CDS-PP, Paulo Portas.
O líder distrital socialista disse que os seus dois principais adversários “estão com um problema de verdade política”. Enquanto Paulo Portas “recusa-se a debater”, sobre Marques Mendes disse que “ele sabe que nós sabemos que ele não quer que Santana Lopes seja Primeiro-Ministro”.
Responsabilizou o Governo pelos 150 mil desempregados, 11 mil dos quais em Aveiro por isso disse que “deve ser difícil (a Marques Mendes e Paulo Portas) fazer campanha”.
Debruçou-se ainda sobre outros assuntos, como a “ilusão do gabinete da Ria” e, neste ponto, desafiou Ribau Esteves, líder distrital do PSD, a “ter a coragem política de desmascarar e não mantendo o silêncio que cauciona o embuste”.
Antecipando o manifesto distrital eleitoral, a apresentar a 28 de Janeiro, defendeu intervenções no ordenamento do território, infra-estruturas, ensino, erradicação da pobreza, construção de uma estação de TGV em Aveiro, supressão total das passagens de nível e criação de um instituto de gestão integrada da Ria.
