A construção do sistema de transformação da energia do biogás do aterro sanitário de Aveiro em electricidade foi adjudicada pela ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro no passado mês de Maio a um consórcio de duas empresas que deverão iniciar as obras ainda este mês, noticia o Diário de Aveiro.
«A energia eléctrica produzida será toda vendida à EDP, dirigida ao Sistema Eléctrico de Abastecimento Público, representando uma fonte de receita para a ERSUC, cujo montante o administrador-delegado Alberto Santos se escusou a revelar ao Diário de Aveiro.
O consórcio formado pelas empresas Painhas e HLC preparam a célula e instalam o equipamento, representando num investimento de 2,073 milhões de euros. As duas empresas venceram o concurso de concepção e construção sendo que a exploração fica a cargo da ERSUC.
A empresa gestora dos resíduos anunciou uma produção de energia eléctrica suficiente para abastecer entre 800 a 1.000 lares, o equivalente a cerca de quatro mil pessoas, além da possibilidade de alimentar a rede eléctrica interna do aterro sanitário. Contudo, a última decisão tomada aponta para o envio de toda a energia produzida para a rede pública.
O aterro de Aveiro permitirá, durante os próximos 12 anos, o aproveitamento energético do biogás, uma energia renovável obtida pela decomposição dos resíduos.
O aterro já tem poços que captam o biogás mas é queimado. Por isso, segundo Alberto Martins, o projecto tem «acima de tudo, preocupações ambientais», apontando para o benefício de terminar a libertação dos efeitos nocivos da queima para a atmosfera.» (Diário de Aveiro).