A abertura do concurso público internacional para o projeto de construção dos «6 Km que faltam» no dique do Baixo Vouga Lagunar para a defesa contra a invasão da água salgada nos campos agrícolas e prevenção de riscos de cheias e inundações, foi aprovada esta segunda-feira pelo Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, segundo comunicado desta quarta-feira.
O investimento global de 22,3 milhões de euros será financiado por fundos comunitários de programas da Agricultura e do Ambiente (17,55 milhões de euros) e pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (4,75 milhões). Um investimento que pretende, «em primeiro lugar, qualificar as infraestruturas existentes e construir as que são fundamentais para rentabilizar as potencialidades do Baixo Vouga Lagunar».
O projeto custará 700.000 euros e terá um prazo de execução de 7 meses. A CIRA diz que está «em causa o fim de uma situação que afeta 2800 proprietários de terrenos em Albergaria-a-Velha, Aveiro e Estarreja, conhecidos por serem dos mais produtivos do País e protegidos devido à riqueza ambiental, onde se cultiva milho, hortícolas e se cria gado, mas dezenas de agricultores têm sido forçados a abandonar devido às inundações de água salgadas que destroem as colheitas».
O projeto inclui ainda estruturas hidráulicas no Rio Velho, nos esteiros de Canelas e de Salreu, e o reforço da margem direita do Rio Vouga. Será também construído no Rio Novo do Príncipe, em Vilarinho, um açude-ponte, facilitando o acesso aos campos e regulando, através de um sistema de plataformas, a contenção de água doce (do rio Vouga) e salgada (da Ria de Aveiro).
A CIRA quer «qualificar as infraestruturas existentes e construir as que são fundamentais para rentabilizar as potencialidades do Baixo Vouga Lagunar», um projecto que pretende travar o avanço das águas salgadas que «afecta 2800 proprietários com terrenos nos municípios de Albergaria-a-Velha, Aveiro e Estarreja, «conhecidos por serem dos mais produtivos do País e protegidos devido à riqueza ambiental».
Segundo a CIRA, o objetivo principal é «a valorização dos terrenos agrícolas do Baixo Vouga Lagunar, defendendo-os da entrada da água salgada da Ria de Aveiro e da progressão da cunha salina, melhorando acessibilidades e promovendo um aumento considerável da atividade agrícola e pecuária nestes solos de elevada capacidade produtiva e utilizadores de sistemas produtivos que usam baixo consumo de energia e de água».
A CIRA espera também « defesa da biodiversidade e de outras atividades económicas existentes nesta vasta área».
Adjudicação do Projeto do Açude-Ponte do Rio Velho e do Rio Novo do Príncipe
A CIRA decidiu entregar à empresa CONSULMAR o Projeto de Execução das Infraestruturas do Sistema de Defesa contra Cheias e Marés no Rio Velho e Rio Novo do Príncipe por 115.000 euros e um prazo de execução de 80 dias.
INFO CIRA «A Ria de Aveiro (incluindo a zona do Baixo Vouga) é uma das vinte e duas zonas críticas de inundações caraterizada nas cartas de zonas inundáveis e de risco de inundações, encontrando-se identificada no Water Information System for Europe (WISE) e esta intervenção no Baixo Vouga em concreto tem como objetivo e função principal a prevenção de riscos de cheias e inundações, em toda a área do Baixo Vouga Lagunar. Trata-se de um investimento estrutural que visa a redução do risco de cheias e inundações na região do Baixo Vouga Lagunar, onde a defesa do território, de pessoas e bens contra as cheias, inundações e marés, assume uma prioridade muito relevante».