Foram detidas 17 pessoas e apreendidos 8 veículos de gama alta, um lote de obras de arte, um fundo de investimento avaliado em cerca de 7 milhões de euros, uma importância em dinheiro que ascende a 148 mil euros e 8 armas de fogo de vários calibres, na operação Império da Sucata, desenvolvida esta quarta-feira pela PJ e Finanças, em Aveiro, Braga, Bragança, Lisboa, Porto, Setúbal e Vila Real, anunciou esta quinta-feira a Polícia Judiciária.
Os detidos foram apresentados esta quinta-feira à autoridade judiciária competente, para interrogatório e eventual aplicação de medidas de coacção constituindo «presumíveis autores de crimes de associação criminosa, fraude fiscal, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e detenção de armas proibidas».
Foram feitas setenta buscas domiciliárias e em estabelecimentos comerciais que envolveram 150 funcionários da Polícia Judiciária e 50 funcionários da administração fiscal.
A PJ refere qu «os danos fiscais resultantes deste esquema de fraude, ainda não determinados integralmente, face à dimensão da fraude, poderão ascender a mais de 40 milhões de euros».
A PJ e a direcção de Finanças de Aveiro colaboraram e as suas congéneres do Porto e de Aveiro, que actuaram no âmbito de investigações em curso, numa operação de combate à criminalidade fiscal no sector das sucatas.
Segundo comunicado da PJ, a «actividade criminosa que foi agora desarticulada, presumivelmente perpetrada ao longo dos dois últimos anos, consistiria na criação de circuitos de facturação falsa – porque destituída, na sua esmagadora maioria, de qualquer efectiva movimentação de mercadorias – a que foi associada, para dar aparência de regularidade às transacções, a montagem de uma engenhosa teia de movimentos financeiros documentados.
Segundo a investigação, «integrariam o esquema de fraude assim engendrado vários operadores económicos sem existência real, os quais serviriam de meros centros emissores de facturação».
