A Zona Livre Tecnológica (ZLT) a instalar em Aveiro, a gerir pela Universidade, será «um espaço dedicado à experimentação e teste de tecnologias e sistemas de comunicação e eletrónica de ponta», constituindo um aspeto relevante a «capacidade de atrair projetos inovadores de empresas nacionais e internacionais, promovendo a colaboração entre a indústria, a academia e outras entidades», segundo a portaria publicada esta terça-feira em Diário da República a entrar em vigor esta quarta-feira.
Pretende-se a criação de «um ambiente propício para o desenvolvimento e otimização de produtos, serviços e aplicações que dependem dessas tecnologias».
A ZTL de Aveiro integra a «estratégia do Governo para impulsionar a transformação digital e o desenvolvimento tecnológico do país, para posicionar Portugal como um centro de excelência na área das tecnologias de comunicação». As áreas a abranger pela ZTl, segundo o Governo serão «desde a mobilidade e saúde até à segurança civil e espaço, incluindo redes de comunicações avançadas, conectividade IoT e sistemas veiculares com drones e outros veículos autónomos» em «áreas urbanas e periurbanas, sistemas logísticos, operações espaciais e ecossistemas naturais».
Segundo João Veloso, Vice-reitor para a Cooperação Universidade-Sociedade,a UA «mantém uma relação estreita com o setor empresarial, estando envolvida em cerca de 200 projetos de I&D com empresas. A ZLT-Aveiro criará novas oportunidades de colaboração com empresas de base tecnológica avançada, permitindo à Universidade responder a desafios científicos e tecnológicos de ponta. Além disso, a própria UA poderá utilizar a ZLT como ambiente de experimentação e teste para validar os resultados das suas investigações».
Na sequência da publicação da Portaria, a Câmara de Aveiro refere em comunicado que a criação da ZTL «reforça o posicionamento de Aveiro como um dos principais polos de inovação tecnológica em Portugal e na Europa, consolidando o Município e a Região como um laboratório vivo para o desenvolvimento e teste de novas tecnologias em ambiente real». A autarquia integra o consórcio que a UA lidera, assim como fazem parte a Câmara de Ílhavo, o Instituto de Telecomunicações, Parque de Ciência e Inovação, TICE.PT e a Administração do Porto de Aveiro. Segundo a autarquia, «um dos grandes contributos para esta ZLT vem da infraestrutura Aveiro Tech City Living Lab, que demonstra a responsabilidade da Câmara MA e dos parceiros UA e IT em rentabilizar ao máximo os investimentos financiados pela União Europeia».
Mas a Câmara está a pensar no Aeródromo Municipal. «Ainda há trabalho a fazer para garantir que a ZLT Aveiro alcance o seu máximo potencial». Para desenvolver «ações e projetos no âmbito do turismo militar e aeronáutico, cultura, educação e formação, ciência, investigação e desenvolvimento, apoio à indústria, entre outras áreas estratégicas, a Câmara «irá aprofundar as conversações com o Exército, para que o aeródromo seja integrado na ZLT Aveiro o mais rapidamente possível, reforçando ainda mais o potencial de experimentação tecnológica e inovação da região».
