O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves (PSD-CDS) responde ao comunicado da oposição socialista, na sequência da aprovação, pela maioria, da revisão do Plano Diretor Municipal, considerando que o PS «decidiu focalizar a sua argumentação política na ofensa pessoal e utilizar a deturpação da realidade e a falta à verdade».
Após a aprovação no Executivo, segue-se um período de participação pública e votação da Assembleia Municipal. Para o PS, «a única participação possível é, acima de tudo a que não aplauda o chefe (Presidente de Câmara), a única pessoa no mundo que sabe de tudo. E esta participação “autorizada” é feita na rua, no café, no futebol, … desde que não contrarie quem sabe, o Presidente da Câmara», segundo o comunicado da concelhia do PS. O comunicado da comissão política acrescenta que o PS «foi fundado na luta contra a opressão, contra o autoritarismo, contra a ditadura. O PS em Aveiro reassume, perante a ignomínia do Presidente da Câmara, a mesma força fundacional de luta contra discricionariedade contra Aveiro e os aveirenses». Ribau Esteves responde que o PS «desrespeita de forma inenarrável a participação cívica de centenas de Cidadãos nestes dois processos, contribuindo com demagogia para o ataque à democracia que queremos seja muito mais participada».
Em comunicado, Ribau Esteves recusa «todas as acusações do PS», quando os socialistas referiam que o PDM se trata de um “Não-Plano”, por faltar «uma abordagem especifica para as diferentes áreas da cidade torna este PDM perigoso do ponto de vista cultural».
Sobre a Carta Educativa, Ribau Esteves escreve no comunicado que o PS «vai ao insulto ao Presidente da Câmara e seus Colaboradores, assim como a todos os membros do Conselho Municipal de Educação (CME) que elaboraram e aprovaram a Revisão da Carta Educativa, quando refere que “A Revisão da Carta Educativa é uma desgraça completa. É a imposição de uma vontade, coagindo, pressionando, destratando as pessoas que pensam de outra forma, para poder fazer crer à opinião pública que houve um amplo debate e gerado consenso”».
O PS fez a «opção pelo insulto e pela má educação para com o presidente da Câmara e para com as pessoas que trabalham em equipa com a Câmara, considerando os membros do CME como seres menores que se sujeitam à vontade, à coação, às pressões, a serem destratados pelo Presidente da Câmara: é uma acusação grave, falsa e imoral», segundo o comunicado.