A Presidente da Comissão Política do PS Estarreja, Marisa Macedo, diz em comunicado que a justificação para o custo de 36.300 euros por uma árvore de Natal «que não vale 1/10 daquilo que por foi pago, é, de certeza, um belo negócio para alguém!»
A socialista quer «esclarecimentos sobre se o subsídio de 36.300 euros que a Câmara deu à SEMA, Associação Comercial e Empresarial, que é representada por um membro do PSD, foi, ou não, para pagar uma dívida de milhares de contos desta associação a um ex-líder da JSD».
Questionado o Presidente da Câmara, José Eduardo Matos, «se era, ou não, verdade que a Câmara deu esse subsídio à SEMA não só para a aquisição da árvore, mas também para que esta pagasse a dívida que tem perante um fornecedor e se esse fornecedor era, ou não, um ex-líder da JSD local, enredou-se numa argumentação que é mais própria de quem está comprometido, do que de quem não tem medo de esclarecer».
O PS acrescenta que o secretário da mesa da Assembleia Municipal, eleito pelo PSD, «é um dos dirigentes máximos da SEMA, que também ouviu e nada disse».
O que está em causa, egundo o PS, «é o facto de se gastar esta quantia exorbitante num bem que qualquer pessoa vê que não tem, nem de perto, esse valor».
O que foi pago «é um verdadeiro insulto à inteligência dos estarrejenses, é outra evidência que ninguém pode negar, nem mesmo com a justificação “esfarrapada” de que o preço inclui a montagem durante cinco anos».
A socialista conclui que «um subsídio de mais de 7 mil contos a uma Associação Empresarial, dado por uma Câmara que não cumpre outros compromissos, aliado aos rumores sobre a finalidade desse subsídio, fazem desta história, já de si muito mal esclarecida, um imenso mar de dúvidas».
