O PS de Aveiro critica a eleição de Joaquim Batista presidente do Conselho de Administração (CA) da empresa Águas da Região – AdRA, designando-o por «correligionário do Governo em final de carreira autárquica» e reprova ainda o Governo por por «usar o controlo que detêm sobre uma empresa intermunicipal, condicionando a sua gestão futura, para atribuir um lugar de proeminência a um dirigente e autarca do PSD em fim de ciclo político».
O «expediente» que o PS reprova decorre do novo cargo a convite dos municípios associados e do acionista maioritário Águas de Portugal-AdP. Para ser presidente do CA renunciou ao cargo de presidente da Câmara da Murtosa e da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro-CIRA.
A eleição, «em assembleia-geral da empresa controlada pela AdP e pelos municípios da Região de Aveiro «é um claro movimento de atribuição de uma posição que depende da tutela política do Governo», segundo a federação distrital do PS.
O socialistas adiantam que as condições para a assembleia geral da AdRA legitimar esta alterações são «precárias, tendo em conta o término do ciclo político que vivem os poderes políticos que tutelam os seus associados, Governo e municípios da região de Aveiro, ademais quando se torna evidente que estas alterações são instrumentais para garantir a colocação de um autarca do PSD na liderança de uma empresa determinante para a sustentabilidade ambiental e a prestação de um determinante serviço público às populações da Região de Aveiro».
Estas mudanças foram jujstificadas com o efeito de uma «situação excecional de perda de quórum do seu Conselho de Administração (da AdRA), por saída de três dos seus cinco administradores» e «assumiu-se como absolutamente inadiável a eleição urgente de um novo conselho de administração para repor o normal funcionamento da empresa».
O novo presidente da Câmara da Murtosa é Januário Cunha e da CIRA Jorge Almeida, presidente da Câmara de Águeda. O novo vice-presidente da CIRA é Domingos Silva, presidente da Câmara de Ovar.
