A partir de Dezembro, em Estarreja, desenvolve-se um programa de produção de adubos a partir de lixo orgânico.
O projecto Compostagem Escolar foi lançado pelo Sector de Ambiente da Câmara de Estarreja e esta terça-feira começou a formação. Espera-se que em Março o produto esteja pronto a aplicar numa horta ou jardim.
Participam oito escolas no projecto, de Agro, Canelas, Laceiras, Mato, Paço, Pinheiro, Roxico e Terra do Monte.
Os alunos começam por alimentar microorganismos para que trabalhem na decomposição de resíduos orgânicos. “A ideia é recuperar matéria orgânica que teria como destino o caixote do lixo e que de outra forma não seria aproveitada”.
Com restos de comida: arroz, massa, cereais, cascas de ovos, pão, chá, borras de café), restos de vegetais, relva fresca, cabelos e pêlos de animais – os denominados verdes – e os castanhos – folhas secas, palha, feno, aparas de madeira, tiras de jornal, relva seca, plantas mortas, caruma e guardanapos de papel dá-se a transformação em composto, “um adubo de grande qualidade e barato”.
A autarquia quer incentivar a separação não só do papel, cartão, plástico e metal mas também os resíduos orgânicos. “Pretende-se promover a utilização do composto produzido, na criação de jardins, finalizando, assim, o ciclo de reciclagem da matéria orgânica”.
Vantagens e processo de compostagem
“O composto é vantajoso em relação aos produtos químicos e pesticidas que estão na origem de problemas ambientais. Os benefícios do seu uso são, entre outros, os seguintes: faz com que as plantas cresçam vigorosas e mais rapidamente; equilibra o pH do solo; agrega as partículas do solo, tornando-o mais resistente à acção do vento e da chuva; retém a água, diminuindo os efeitos da seca.
Os microorganismos que reciclam as substâncias orgânicas precisam de igual quantidade de verdes e castanhos para decompor melhor. É necessário acrescentar ar e água. Junta-se tudo isto e logo surgirá o composto.
A compostagem é a decomposição aeróbia controlada de substratos orgânicos em condições que permitem atingir temperaturas elevadas, até aos 60ºC, destruindo microorganismos patogénicos. Para se controlar o processo, a decomposição será feita, numa caixa. A Câmara irá distribuir os compostores pelas escolas.
O projecto pretende transmitir à população escolar e respectivos agregados familiares, as vantagens associadas à reciclagem de resíduos orgânicos através da compostagem”.