Foi condenado a três anos suspensos por três anos o arguido do caso D. Branca de Mira e ao pagamanto de dois milhões de euros a mais de 40 lesados, noticia o JN.
António Manuel dos Santos Lancha era acusado de 53 crimes de burla, cinco de abuso de confiança e oito de falsificação de documentos, mas o Tribunal apenas o condenou a um crime de burla, outro de abuso de confiança e ainda outro de falsificação, todos de forma continuada.
Segundo o juiz José França, a suspensão da pena é uma forma de facilitar a indemnização aos lesados.
As burlas foram praticadas nos anos de 1997 e 1998. “Escolhendo pessoas simples, muitos delas emigrantes, de baixa cultura, António Lancha, que era mediador de seguros em Mira, convencia os clientes a investirem em aplicações financeiras em diversas seguradoras, com a promessa de que os juros auferidos eram superiores aos dos bancos. Os queixosos nunca mais viram o dinheiro investido (houve quem ficasse sem mais de 400 mil euros) nem tão-pouco documentos comprovativos dos depósitos, que em alguns casos tinham as assinaturas falsificadas. Lancha, quando o caso rebentou, fugiu para o Brasil, mas meses depois regressou e entregou-se às autoridades policiais”.