Onze investigadores da Universidade de Aveiro foram contemplados com o prémio Estímulo à Excelência, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e os respectivos contratos de financiamento foram assinados esta sexta-feira no Palácio das Laranjeiras, nunma sessão em que participou a Ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior.
Os docentes/investigadores são Amadeu Maia Soares, Andrei Kholkine, Artur Soares Silva, Fernando Marques, João Carlos Rocha, Jorge Ribeiro Frade, José Cavaleiro, José Teixeira Dias, Luís Dias Carlos, Vladislav V. Kharton e Yevgeniy Naumovich, dos departamentos de Biologia, Cerâmica e Vidro, Química e Física da Universidade de Aveiro.
O prémio foi atribuído a 70 investigadores nacionais das áreas das ciências, engenharia, química, física, ciências biológicas e biotecnologia e ciências da saúde.
Para a Universidade de Aveiro, “este prémio, a que os investigadores se candidataram a título individual, reforça o percurso de reconhecida qualidade que a Universidade de Aveiro tem vindo a trilhar ao nível da investigação, evidenciado pelos resultados das sucessivas avaliações externas e internacionais das Unidades de Investigação desta Universidade – 75% das unidades estão classificadas com Excelente ou Muito Bom, um valor claramente acima da média nacional)”.
Para a reitora da Universidade de Aveiro, “estamos conscientes que a manutenção do elevado nível de qualidade da investigação produzida só é sustentável através da adopção de medidas organizacionais, financeiras e infra-estruturais de apoio à investigação.
Neste campo, a UA tem apostado na concessão de bolsas de mestrado e doutoramento, a contratação de investigadores de especial mérito, financiamento de projectos de investigação nas áreas das ciências e tecnologias da saúde e a assinatura de contratos programa com as Unidades de Investigação.
De acordo com o regulamento (informação do Serviço de Relações Externas)
As condições de acesso ao prémio exigem aos investigadores no activo, a satisfação de vários requisitos como o exercício, desde há pelo menos cinco anos, de carreira profissional ligada directa ou indirectamente à investigação científica e tecnológica, Curriculum vitae de excepcional mérito no respectivo domínio de investigação (especificando índices em
termos de publicação e de orientação de doutoramentos) e residência em Portugal.
A atribuição do Estimulo à Excelência resulta num financiamento (no valor de 5.000 euros/ano, durante dois anos, podendo ser renovado por mais dois), concedido atítulo excepcional à instituição onde o investigador exerce a sua actividade, para o financiamento das suas próprias actividades de investigação e divulgação científica.
Segundo os seus promotores, visa estimular a promoção da excelência e da competitividade do nosso sistema científico face à dinâmica crescente de internacionalização da ciência».
Declarações de investigadores (recolhidas pelos Serviços de Relações Externas)
«Para o Prof. Amadeu Soares, do Departamento de Biologia da UA, a atribuição do Prémio Estímulo à Excelência significa “o reconhecimento público, nacional, do trabalho que tenho vindo a desenvolver na área das Ciências Biológicas, mais especificamente na área da Ecotoxicologia. Mais do que o seu valor monetário, que é despiciendo, pois infelizmente nem sequer me permite contratar um “mero” técnico de laboratório (função que reputo de essencial para o bom funcionamento de um grupo de investigação forte), estou certo que este prémio constitui um grande incentivo para todos os jovens alunos de pós-graduação que tenho o prazer de ter a trabalhar no meu grupo de investigação e que, no fundo, são a base do sucesso científico e
consequente atribuição deste prémio”.
Para este professor, o prémio servirá também, obviamente, como “cartão de visita da investigação que fazemos, nesta área, na Universidade de Aveiro. Devo confessar que para mim é um motivo de orgulho e grande satisfação pessoal saber que estou acompanhado por cientistas de grande vulto e reconhecimento nacional e internacional, como sejam os Professores António Coutinho, Maria de Sousa, António
Amorim e Sobrinho Simões, que dispensam apresentações, para falar apenas na área das
Ciências Biológicas”.
Por último, diz o Prof. Amadeu Soares: “O facto de a Universidade de Aveiro possuir, nos seus quadros, um total de 11 investigadores é um reflexo da inequívoca qualidade das actividades de investigação que aqui se fazem, resultado não só das capacidades individuais e de grupo de cada um dos laureados mas também do ambiente e condições
de trabalho que a própria UA oferece. A atribuição destes 11 prémios de “Estímulo à Excelência” coloca a UA a par dos melhores centros do país, o que poderá e deverá ser devidamente capitalizado, reforçando a característica de Universidade de Investigação e de Pós-graduação que, num futuro próximo (e já no presente), penso que será o factor principal que distinguirá o que é uma Universidade de excelência
das outras”.
O Prof. João Rocha, Director do Laboratório Associado CICECO e docente do Departamento de Química, revela-se satisfeito com a atribuição deste prémio. “Espero que a divulgação deste Estímulo à Excelência ajude a melhorar significativamente a imagem do cientista português junto do grande público, que estimule o interesse dos
jovens pelas carreiras de investigação, e que acorde de vez os políticos.
É muito grato para mim verificar que, entre as cerca de sete dezenas de cientistas premiados a nível nacional, se encontram onze membros da Universidade de Aveiro, oito dos quais integrados no Laboratório Associado que me orgulho de dirigir – o Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO). A par de outros
indicadores, isto atesta claramente que a Universidade de Aveiro está entre as instituições que lideram a investigação científica em Portugal. Só não vê quem não quer!”».