Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro conseguiu desenvolver um estudo que propõe a reutilização dos efluentes na produção de pasta de papel reduzindo a quantidade de água necessária no processo de fabrico.
O Grupo de Investigação de Materiais Agroflorestais do Departamento de Química da UA desenvolveu um método durante dois anos que permite purificar o efluente de forma a reutilizá-lo.
A equipa usou carvão activado e os zeólitos naturais ou sintéticos
para purificar o efluente permitindo eliminar “precipitados inorgânicos, que, dependendo das condições do meio, vão incrustar-se no equipamento, causando problemas de entupimento, corrosão e diminuição da transferência de calor”.
Para já, o estudo não foi aplicado numa indústria, apenas em ensaios laboratoriais com efluentes de uma indústria da região.
Numa fase seguinte a equipa fará ensaios em coluna e depois aplicará numa indústria.
Segundo a investigadora responsável, Maria Inês Purcell Branco Portugal, “só no caso de surgir uma nova directiva comunitária relacionada com a diminuição de efluentes e consumo de água na produção de pasta de papel é que se implementará uma metodologia deste género numa indústria, uma vez que a sua aplicação tem implicações económicas”.
Actualmente, são usados 40 m3 de água para produzir uma tonelada de pasta de papel.