A área de terreno “Cais do Paraíso”, em debate na última reunião da Assembleia Municipal de Aveiro, na margem do Canal do Paraíso, encontra-se sob medidas preventivas por mais seis meses, um prazo aprovado esta sexta-feira para evitar que «a alteração das circunstâncias existentes ou a criação de condições que venham a impossibilitar a concretização do Plano de Pormenor (PP) do Cais do Paraíso». Está em curso este PP que estabelece regras, desenhos dos espaços, a implantação, volumetria dos edifícios, integração na paisagem, a localização e a inserção urbanística.
Seis meses porquê?, perguntou a socialista Ana Maria Seiça Neves. A Câmara precisa de mais seis meses porque precisa de mais seis meses, disse o presidente da Câmara, Ribau Esteves (PSD), sem explicar à socialista.
À beira do fim do mandato, e não se recandidatando ao próximo, Ribau Esteves deixará compromissos para a Câmara cumprir. Por exemplo, um hotel no Cais do Paraíso, aliás «uma unidade hoteleira de qualidade superior e de referência para a cidade e para a região, com capacidade para albergar congressos e reuniões de grande dimensão, de atrair e acolher um nível de turistas diferenciados com elevados padrões de exigência, e eventos que tenham capacidade de atrair novos universos de profissionais e de organizações nacionais e internacionais», tal como deseja a Câmara.
António Nabais, do PCP, preferia que a zona fosse dedicada às crianças, mas Ribau Esteves, mantendo a construção do hotel, disse que a zona não será proibida às crianças.
