O presidente da Câmara de Aveiro, Alberto Souto, diz que “há fragilidades e reservas” nas recém-criadas áreas metropolitanas.
Dias depois da posse da Assembleia e Junta Metropolitana da Grande Área Metropolitana de Aveiro (GAMA), Alberto Souto disse esta segunda-feira durante o período antes da ordem do dia da reunião pública do Executivo camarário, manter-se “com todo o empenho político”, mas sublinha que “o modelo tem de ser melhorado”.
O autarca respondia ao vereador Capão Filipe, do CDS-PP, para quem das intervenções de Alberto Souto “tem transparecido alguma adversidade” à criação da Grande Área Metropolitana de Aveiro.
Para Alberto Souto, a “tomada de posse é mais uma etapa” dizendo ainda que a “memória dos políticos é curta, porque o anterior secretário de Estado, José Relvas, em bom tempo lembrou que este processo tem de evoluir, tem de haver associações de áreas metropolitanas”.
Em anteriores declarações, o autarca de Aveiro tem dito que o espaço geográfico das áreas metropolitanas é reduzido, além de criticar a manutenção dos distritos.
Para Souto, é uma evidência que as áreas metropolitanas “sem transferências e meios financeiros não funcionam”.
Chamou a atenção para no caso do PS vencer as próximas eleições legislativas, dentro de dois meses, um Governo socialista optar por outro modelo de descentralização, no lugar das áreas metropolitanas.
Considerando ser um processo demorado, aponta para a necessidade das câmaras se prevenirem no que respeita às candidaturas aos fundos do Quadro Comunitário IV – 2007-2013.
Alberto Souto está ainda preocupado com o facto do PSD vir a acumular a presidência da Junta Metropolitana com a da Assembleia Metropolitana da GAMA. Chegou a ser falado um acordo que permitiria aos socialistas presidirem à Assembleia cedendo no nome indicado pelos sociali-democratas, que já presidem à Junta, para o lugar de administrador-executivo.
Esse acordo pode não concretizar-se, segundo as últimas notícias e Alberto Souto concluiu que “a excessiva partidarização pode ter prejuízos políticos”.
Para Capão Filipe, vereador do CDS-PP, “qualquer trica provoca dois sorrisos, um em Lisboa e outro em Coimbra por isso, devemos ser superiores”.