O Clube de Vela Costa Nova contabiliza prejuízos entre os 50 mil e 60 mil euros provocados pela depressão Martinho. A força do vento e a maré partiram um pontão e «a seção mais a norte deslocou-se para a entrada do Porto de Abrigo, onde se mantém precariamente e em condições muito perigosas até que o tempo possa estabilizar». Quando isso acontecer, o clube poderá avançar para a reparação.
Cerca das três horas da madrugada desta quinta-feira, com «ventos superiores a 100 km por hora, a seção terminal do quebra-mar sul do Porto de Abrigo do CVCN começou a ceder face à força do vento conjugada com a maré e entrou em rutura», segundo o clube.
Outros prejuízos de menor dimensão foram em vários pontos de amarração.
O clube registou ainda a entrada de uma embarcação de pesca arrolada e sem tripulação, que se encontra agora atracada nos pontões do CVCN.
As instalações da Associação Atlética de Avanca também foram atingidas provocando «avultados estragos» e o clube já abriu uma campanha de apelo à ajuda financeira. «Apelamos a toda a população, seguidores e amigos da Associação Atlética de Avanca para nos ajudarem a recuperar! Toda a ajuda é bem-vinda, nem que seja 1€».
Devido à destruição verificada, «todos os treinos estão cancelados até nova informação».
Na igreja da Misericórdia de Aveiro, uma janela junto ao altar foi arrancada da parede pela força do vento e projetada para o chão. O prejuízo foi avaliado em 10 mil euros.
O Bloco de Esquerda de Aveiro defende «restrições à atividade laboral quando as condições climáticas, como vento forte ou calor intenso, possam colocar em risco a saúde dos trabalhadores», segundo João Moniz, do Bloco de Esquerda. Lembra que o partido já apresentou «propostas na Assembleia Municipal neste sentido mas infelizmente não colheram o apoio majoritário». Para o BE, é «urgente proteger trabalhadores expostos a fenómenos climáticos extremos».
