Um vulcão extinto, localizado a oeste de Portugal continental, «poderia ser responsável por armazenar até 125 anos de emissões industriais anuais em Portugal», segundo conclusão de estudo no qual participa Davide Gamboa, docente do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro e investigador do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar.
Segundo o estudo, «estas estruturas vulcânicas armazenam o CO2 através de um processo de carbonatação mineral na própria localização do vulcão, processo esse que ocorre naturalmente em basaltos e peridotitos e foi replicado com sucesso como um método industrial na Islândia, no projeto de injeção Carbfix».
Um processo que «é considerado mais seguro do que o armazenamento de CO2 em rochas porosas na subsuperfície (método mais comum atualmente) “porque os vulcões são formados por rochas basálticas, com propriedades mais consentâneas com esse processo».
«Os cientistas consideram que o impacto ambiental deste processo será “infinitamente menor do que a quantidade de CO2 que pode ser armazenado”, até porque isto pode ser feito de forma segura: “O CO2 reage quimicamente com os minerais e, no caso das rochas basálticas, a reação é rápida, medida em meses ou anos, e nessa reação formam-se novos minerais”, explica o responsável, afirmando que, de forma simples, “é um processo idêntico ao que forma o calcário nos canos das casas”».
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