O vereador da Protecção Civil da Câmara de Aveiro, Miguel Fernandes, mantém o interesse na instalação de videovigilância, segundo comunicado difundido esta quinta-feira em resposta ao Bloco de Esquerda que se posiciona contra o uso daqueles equipamentos.
«A utilização das novas tecnologias, como a videovigilância, para além da eficiência e redução de custos, possibilitam um leque de usos alternativos por exemplo na regulação de trânsito e/ou detecção de sinistros/incêndios e, por isso, devem ser utilizadas como forma de solucionar e monitorizar os problemas de insegurança», diz o vereador em comunicado.
Miguel Fernande recorda a recente intervenção do Presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), a 2 de Março, que defendeu o «aumento da vigilância em resposta à subida dos níveis de insegurança detectados no Barómetro Segurança, Protecção de Dados e Privacidade em Portugal, contrariando assim com dados efectivos a recente tomada de posição do Bloco de Esquerda».
Aquele responsável propôs, segundo Miguel Fernandes, «em sintonia com o entendimento da autarquia, a videovigilância como um factor de dissuasão e para locais de grande trânsito de pessoas, comerciais, turísticos e desportivos e que deverá integrar um conjunto de medidas em resposta ao aumento do sentimento de insegurança».
A Câmara alerta para «problemas decorrentes do fenómeno crescente da criminalidade» e Miguel Fernandes pretende «assegurar a qualidade de vida dos cidadãos, no respeito dos seus direitos e liberdades individuais, através da promoção de meios e medidas que garantam a Liberdade e a Cidadania, a exemplo de outras cidades europeias que apostaram na videovigilância em zonas críticas».
A videovigilância faz parte da «solução para os problemas de marginalidade e insegurança na área do município» e a Câmara iniciou consultas e a discussão sobre a instalação de um sistema de videovigilância como «medida de combate à criminalidade que se tem sentido nos últimos meses em Aveiro».
O vereador registou ainda a visita da Secretária de Estado da Administração Interna numa reunião em que teve conhecimento dos dados oficiais fornecidos pela PSP relativos aos focos de delinquência e dos índices de criminalidade registados na cidade». Um encontro do qual resultou o «entendimento, comum e pacífico, quanto à necessidade actual, bem como das vantagens do sistema da videovigilância enquanto meio auxiliar e de garantia da segurança comunitária em determinadas zonas urbanas».
Um entendimento que se identifica com as «actuais preocupações do vereador e com o sentimento generalizado dos moradores e comerciantes quanto à possibilidade de aumentar a segurança municipal».