O Ministério Público pode vir a recorrer da sentença aplicada no julgamento do caso do duplo assassinato de Vale de Ílhavo, mas ainda não anunciou qualquer decisão nesse sentido. O crime de Vale de Ílhavo vai custar ao autor-confesso, Tó-Jó, filho do casal assassinado, 25 anos de prisão, 2 dos quais já cumpridos em regime de prisão preventiva, desde que foi detido em 1999.
Absolvidos foram a mulher de Tó-Jó, Sara Manuela e um amigo deste casal, Nuno Lima, um estudante do Porto.
Contudo, o Colectivo de Juizes esteve a um passo de condenar Sara, que respondia pela acusação de autoria moral dos crimes. Segundo o Colectivo, “havia elementos coincidentes para condenar e é intuição do colectivo que a senhora planeou o crime com António Jorge mas não há convicção e a dúvida não nos permite dar o salto para a condenação”. O juiz Paulo Valério disse que Sara foi “pouco convincente e inverosímil a sua declaração de inocência”.
Quanto a Nuno Lima, acusado de autor material, o Colectivo considerou que o relatório de anaílses ao ADN foi “inconclusivo” o que levou o Tribunal a ficar com dúvidas se de facto o amigo do Porto participou ou não no crime.
TNC