Há cerca de um ano a Universidade de Aveiro iniciou um trabalho de monitorização, através do Departamento de Engenharia Civil da, na Igreja da Misericórdia de Aveiro, após a detecção de um problema estrutural na zona do arco e foi isso que abriu caminho para a assinatura de um protocolo, esta segunda-feira, entre a duas instituições.
A equipa da UA, dirigida pelo Prof. Humberto Varum, docente no Departamento de Engenharia Civil, efectuou a análise da anomalia e um estudo de estabilidade global da zona de transição, entre a nave central e o altar, e adoptou um sistema de monitorização montado com base em sensores de fibra óptica.
Este sistema foi desenvolvido integralmente na UA, pelo Departamento de Engenharia Civil e o Departamento de Física e ficará instalado pelo menos, até 2008.
Segundo Humberto Varum, a celebração do protocolo visa «criar as bases no sentido de avaliarmos quais são as prioridades de intervenção e quais os problemas mais importantes associados às construções de maior relevo histórico e patrimonial».
Segundo o Provedor da Santa Casa, António Canas «a assinatura deste protocolo revela a preocupação em preservar e reabilitar todo o património imóvel da Santa Casa. Certamente que há outros edifícios que, para além da Igreja, futuramente necessitam de reabilitação, mas isso só será possível com o esforço das duas partes, aliado a outra vertente, que é o financiamento».
Segundo o ua_online, a Casa do Seixal, património adquirido em 2000 pela SCMA, será o próximo imóvel a ser intervencionado, logo que a Santa Casa consiga disponibilizar as verbas necessárias às exigências técnicas».
O protocolo é dirigido à «conservação e reabilitação de património edificado, garantir uma maior aproximação entre o meio universitário e as actividades daquela instituição; ponderar o estabelecimento de mecanismos de cooperação, que tornem possível a participação conjunta em estudos e acções de formação de carácter técnico, científico e de investigação e desenvolvimento no âmbito das áreas reabilitação e conservação do património construído; contribuir para a formação científica e profissional de jovens licenciados».
