O presidente da Região de Turismo da Rota da Luz, Pedro Silva, está satisfeito com a adesão de turistas durante as mini-férias da Páscoa, noticia o Diário de Aveiro.
«Ontem, contabilizava «dezenas de milhar de turistas, particularmente espanhóis». Em contactos feitos no dia anterior, junto de hoteleiros, recorda «uma percentagem de ocupação muitíssimo elevada» e a «percepção que os turistas ficariam mais do que um dia». Também está satisfeito com a frequência de turistas nos restaurantes e quanto à oferta de alojamento, disse ao Diário de Aveiro que «nas épocas altas, se houvesse mais, mais seria ocupado». Por isso diz que é preciso mais unidades hoteleiras, defendendo a aposta na diversidade, dirigida aos vários tipo de turistas e não dividindo-os por nacionalidades. Pedro Silva prepara um estudo a partir do «observatório regional de turismo» que recolhe dados para «traçar o perfil dos turistas».
Marisco perde destaque
O evento gastronómico regional do Marisco na Páscoa irá perder, a partir de 2007, o destaque que lhe tem sido dado, preferindo promover produtos gastronómicos diferenciadores. Com um «litoral extremamente rico», o peixe substituirá o marisco na apresentação do produto regional mais forte, na Páscoa e noutras campanhas. «Os espanhóis também têm marisco e, se calhar a metade do preço», além de notar uma «tendência crescente para consumo de peixe». Há uma «necessidade de recriar», diz, incrementando produtos típicos regionais, especificando com o bacalhau, a partir de Ílhavo ou a vitela, do interior.
«Zangado» com o ICEP
Pedro Silva diz que são as regiões de turismo que estão a fazer o trabalho do Instituto das Empresas para os Mercados Externos (ICEP) na promoção dos jogos do Euro de Sub-21, no contacto directo com as agências de viagens, meios de comunicação social e jornalistas. Nesta altura as regiões de turismo tentam compensar a chegada dos folhetos de promoção «fora de horas». Por isso diz que está «muito insatisfeito e zangado» com o ICEP.
Para Pedro Silva o que está a acontecer «não se pode passar», sendo esta uma «oportunidade que não se pode desperdiçar», contando com o turismo que envolve os sete jogos marcados para os estádios de Aveiro e Águeda com as selecções da Itália, Dinamarca, Holanda e Ucrânia. Pedro Silva procurou uma justificação e disseram-lhe que «não é nada contra Aveiro, é o ICEP que não está a funcionar».
O «equívoco» do Governo
As regiões de turismo «não serão extintas», como chegou a anunciar o Governo, no âmbito do Plano de Reestruturação da Administração Central do Estado. Pedro Silva diz que «o Governo percebeu o equívoco», considerando que envolvem a administração central e a administração local. «Pelo contrário», diz, as regiões de turismo «serão reforçadas, com novos âmbitos territoriais», preconizando a Rota da Luz numa região envolvendo zonas da Área Metropolitana do Porto, vinícolas, incluindo Dão-Lafões, das termas e turismo aventura. Será uma «transformação profunda» que resultará da nova lei-quadro das novas regiões de turismo com «novas competências e novos âmbitos territoriais». (Diário de Aveiro