A requalificação da lota e posto náutico do Clube dos Galitos não avança «mais de 20 anos passados, numa zona que é um verdadeiro impasse para o remo do Clube dos Galitos e para a cidade de Aveiro. É o nosso “aeroporto” e a representação clara da incapacidade de resolver e decidir a nível nacional», escreve António Granjeia, presidente da direção na sua «Mensagem de Ano Novo” aqui
Já passou uma «comissão que resolveu nada resolver, uma pandemia para servir de desculpa, duas crises políticas e consequentes quedas de governos para dar a desculpa da fatalidade e inoperância, a demissão de um ministro do distrito, um concurso de ideias para colocar água na boca e pressionar os governantes, um acordo entre as entidades regionais (Porto de Aveiro e Câmara) e continuamos na mesma». O impasse «continua a limitar o crescimento da histórica modalidade olímpica do Clube», escreve.
Quanto à seção de natação do Clube dos Galitos esteve «limitada à competição (na piscina do Sporting) e sem poder ter a capacidade de formação e escolas» mas a expetativa é regressar à piscina, que esteve em obras no próximo mês de fevereiro «depois de acertadas as condições de utilização previamente acordadas» com a Câmara de Aveiro. Agora é tempo de «testes de funcionamento prévios à abertura».
A gestão será do clube e, a pensar além desta estrutura, «não desistimos de pedir à cidade uma piscina municipal que potencie o trabalho de excelência que o clube tem feito na natação». Entretanto para a «requalificação da zona envolvente do pavilhão, em estudo encontra-se também a implementação de um campo de basquetebol ao ar livre, projeto a ser seguido com junta de freguesia e Câmara bem como a requalificação da área adjacente.
A mensagem também apresenta uma lista dos títulos desportivos conquistados nas várias modalidades destacando que é «o clube referência na Formação e o Clube Olímpico de Aveiro».
Dirigindo-se ao Estado nota uma «incapacidade de gerar políticas inovadoras e de rotura que promovam de verdade o desporto. Aqui não existem reformas legislativas, apenas o imobilismo parasita e a visão curta de que o desporto não é uma parte essencial da promoção de saúde».
Espera do próximo Governo «uma atitude inovadora relativamente às políticas desportivas, e que possa apresentar ao país, um conjunto de orientações políticas diferentes para que possamos de vez, descolar deste marasmo».
Associações e clubes «continuem a ser vistos como meros contribuintes, tratados como empresas comerciais que de facto não são e a quem estendem a mão para dar umas esmolas caridosas quando se aproximam eleições. Infelizmente gostaríamos que nos vissem mais como parceiros como acontece com as autarquias».
O presidente deseja a «valorização dos dirigentes associativos verdadeiramente amadores e beneméritos , alterações relativas ao IVA no desporto mas o Estado «vê os clubes como uma fonte de receita em detrimento da função educadora, não cedendo um cêntimo nas isenções pedidas ao material desportivo de alta competição»; «consignação do IRS individual; isenção de IA na compra de veículos novos e abolição da anacrónica norma que impede o transporte de jovens até aos 16 anos em viaturas com idade superior a 16 anos desde que cumpram as inspeções de segurança rodoviárias obrigatória para o transporte de crianças; .
O presidentes refere-se ainda a «muitas incapacidades financeiras das federações desportivas que colocam pressão exagerada nos clubes sobre a organização de provas que deveriam ser da sua exclusiva responsabilidade; «canibalização dos clubes mais pequenos – A democratização do desporto com a construção de instalações desportivas por todo o País não tem valorizado os clubes e as associações do país menos mediatizado e, ao invés, está a canibalizá-los, em benefício dos chamados 3 grandes e por vezes dos grandes de cada região».