Quarta-feira, 26 Março 2025
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Pais ameaçam fechar escola a cadeado

Os pais dos alunos da EB1 da Mata, em Riomeão, concelho de Santa Maria da Feira, ameaçam fechar as portas da escola a cadeado para evitar o seu encerramento, noticia o Diário de Aveiro.

«O estabelecimento é um dos seis do concelho que no final do ano lectivo encerrará portas para não mais abrirem, no âmbito da política do Ministério da Educação (ME) de fechar as escolas que tenham menos de 20 alunos ou tiverem um aproveitamento inferior a 86 por cento. Esta medida do ME tem a aprovação da Câmara Municipal, que se apoia na Carta Educativa elaborada o ano passado e que mereceu a anuência dos vários conselhos executivos.

A indignação reina entre os pais e docentes por causa de uma medida com a qual não concordam e que foi tomada nas suas costas. A EB1 da Mata tem dois professores, uma auxiliar e 25 alunos, número, que – segundo Emília Sousa – ultrapassa o mínimo exigido pelo ME. Por isso, os pais garantem que irão travar uma batalha, até onde puderem, para evitar a concretização da medida.
O fecho do portão a cadeados e uma manifestação à porta da escola são as primeiras medidas avançadas pelos pais, que já enviaram uma missiva à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, confirma Emília Sousa, uma das responsáveis pela Associação de Pais. Dizem que não existem motivos para o fecho desta escola, porque, «tem todas as condições e até teve obras há quatro anos».

Os 25 alunos vão ser transferidos para a EB1 de Santo António, a cerca de 1,7 quilómetros, «se forem por um caminho só de matos, ou a quatro quilómetros, se forem pelo trajecto mais urbanizado». De acordo com a informação da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), o equipamento vai transformada num jardim-de-infância.

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Alfredo Henriques (presidente da Câmara da Feira) concorda com a decisão do Governo porque «é benéfico para os alunos», sustentando que «alguma contestação que existe é normal, porque é fomentada por alguns professores que deixam de ter lugar cativo». Garante que os docentes «não estão preocupados em defender os alunos, mas sim os seus lugares». (Diário de Aveiro)

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