Jorge Greno reagiu ontem às palavras do socialista Marques Pereira, que disse ao Diário de Aveiro que «a Câmara pôs a carroça à frente dos bois» por não ouvir a Junta da Vera Cruz, PSP e bombeiros antes de implementar o regime experimental de horários para os bares. A posição do vereador do pelouro do Turismo é a de que «se a câmara pôs a carroça à frente dos bois, então o Dr. Marques Pereira também ia nessa carroça porque fez parte de uma decisão tomada por unanimidade».
A alteração dos horários foi aprovada na segunda-feira passada, sendo que Marques Pereira sempre referiu que os três vereadores do PS, presentes na reunião, o fizeram favoravelmente na condição de que o Executivo iria consultar e obter a aprovação da Junta, bombeiros e PSP. De domingo a quinta-feira o encerramento dos bares passa a ser às 3 horas e às sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado uma hora mais tarde. O novo regime foi implementado esta madrugada.
O vereador Jorge Greno é da opinião que após a reunião privada Marques Pereira «se terá aconselhado com alguém que lhe terá dito que não devia ter votado daquela maneira». O vereador do Turismo esclarece que «o Dr. Marques Pereira só tinha estas hipóteses: ou votava a favor, contra ou se abstinha, ou podia ainda pedir uma declaração de voto, o que não aconteceu». «Formalmente não justificou o seu teor», afirma Jorge Greno, logo o voto dos socialistas foi «a favor».
O vereador do CDS-PP aproveita a ocasião para dizer que a Câmara já reuniu com a Junta de Freguesia da Vera Cruz e pretende fazer o mesmo com a PSP durante a próxima semana, dado que os responsáveis se encontram em período de férias. Quanto às queixas manifestadas pelos bombeiros, sobretudo a dificuldade de actuação por causa dos estacionamentos indevidos, Jorge Greno considera que esse problema ocorre «24 horas por dia, sete dias por semana» e que «a maior parte dos veículos pertencem a moradores». A seu ver, «esse problema é recorrente e comum nas zonas históricas de muitas cidades do país».
A Câmara justifica que «o novo regime decorre da intenção de reformular o horário de abertura dos estabelecimentos comerciais no concelho, tendo em conta a importância que o segmento da restauração e bebidas tem para a actividade turística e os horários existentes noutros concelhos limítrofes nesta época».
Jorge Greno não compreende a emissão de um comunicado pela PSP, a discordar do regime experimental dos horários, quando na sua área de jurisdição «existem bares a fechar às 4 e às 6 horas, caso de Ovar e Espinho». (Diário de Aveiro)