O Secretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins pretende estudar as alternativas à queima de resíduos sólidos urbanos segundo proposta apresentada no encontro com a Quercus.
A associação ambientalista propõe a reciclagem de materiais (embalagem entre outros e matéria orgânica (produção de composto e de energia eléctrica a partir do biogas.
No estudo a encomendar a uma empresa, o Secretário de Estado pretende saber o custo da incineração e das alternativas da Quercus
Segundo a Quercus, “este estudo servirá para melhor avaliar o projecto da incineração da ERSUC nos distritos de Aveiro e Coimbra que assim poderá vir a ser posto em causa”.
A instalação da incineradora chegou a ser admitida por um autarca de Águeda.
Para além das vantagens ambientais, a Quercus tem alertado para os custos elevados da incineração e, neste aspecto, do encontro a associação conclui também que “o Secretário de Estado confirmou que não haverá financiamento superior a 25% para o incinerador da ERSUC. Face a esta decisão, o custo da incineração pelas próprias contas da ERSUC já vai em cerca de 40 euros por tonelada, mas com tendência para subir, tornando os custos incomportáveis para as autarquias”. Segundo a associação, a incineração é uma solução mais cara do que a “valorização orgânica e reciclagem”.
Do encontro com José Eduardo Martins, a organização conclui ainda que o Secretário de Estado “não contesta os valores apresentados para a alternativa que poderão variar entre 15 e 30 euros por tonelada em função de diversas condicionantes do projecto”.
A Quercus diz ainda que “a resposta da ERSUC aponta mesmo o valor de 39,33 euros por tonelada (considerando um financiamento não superior a 25% e a impossibilidade de vender energia como renovável), o que acrescido de um valor entre 4 a 8 euros originado pela libertação de CO2 dará origem a uma tarifa extremamente cara entre 43 e 47 euros por tonelada”.