A Festa de S. Gonçalinho, realizada em janeiro em Aveiro, passou a Património Cultural Imaterial, uma distinção atribuída pelo Ministério da Cultura e pelo Património Cultural, «reconhecendo a singularidade desta tradição aveirense que junta fé, devoção e identidade comunitária».
É um processo da Câmara de Aveiro cujo resultado a mordomia está a divulgar. «Gonçalinho já era nosso padroeiro… agora é também património de todos», escreve nas redes sociais.
Segundo a Câmara, a inscrição da Festa de São Gonçalinho no Inventário do Património Cultural e Imaterial de Portugal foi instruído por uma equipa técnica da autarquia, «em estreita colaboração com a Mordomia de São Gonçalinho e com a Paróquia da Vera Cruz, e integra a estratégia municipal de preservação, salvaguarda e valorização do património cultural material e imaterial de Aveiro, num claro reconhecimento da importância e relevância comunitária da Festa de São Gonçalinho».
Segundo a Convenção para a Salvaguarda do Património Imaterial, o «património cultural imaterial manifesta -se nas tradições e expressões orais, incluindo a língua como vector do património cultural imaterial; artes do espectáculo; práticas sociais, rituais e eventos festivos; conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo e aptidões ligadas ao artesanato tradicional».
Há medidas que visam assegurar a viabilidade do património cultural imaterial, incluindo a identificação, documentação, pesquisa, preservação, proteção, promoção, valorização, transmissão, essencialmente através da educação formal e não formal, bem como a revitalização dos diferentes aspectos desse património;
A Convenção tem por fim a «salvaguarda do património cultural imaterial; respeito pelo património cultural imaterial das comunidades, dos grupos e dos indivíduos em causa; sensibilização, a nível local, nacional e internacional, para a importância do património cultural imaterial e do seu reconhecimento mútuo e a cooperação e o auxílio internacionais».
Da proteção do património inscrito na lista do património cultural imaterial que necessite de uma salvaguarda urgente faz parte a «preparação de inventários e apoio a programas, projetos e atividades conduzidos a nível nacional, sub-regional e regional».
