Os sócios da Associação Musical das Beiras decidiram esta quarta-feira extinguir a organização provocando o fim da Orquestra Filarmonia das Beiras e o desemprego para 27 músicos.
“Os parceiros não encontraram condições para prosseguir o seu objecto”, lê-se num comunicado final da reunião de sócios.
Na prática, a direcção da associação recusa a proposta dos músicos que pretendiam contratos de trabalho no lugar de receberem contra a passagem de recibos verdes.
Na noite desta quarta-feira, o vice-presidente da direcção, Manuel Ferreira Rodrigues, vereador da Cultura da Câmara de Aveiro, recusou-se a comentar o resultado da reunião e remeteu o assunto ara o comunicado que seria difundido.
Contudo a decisão de extinguir a associação é considerado por alguns como um passo anterior a um seguinte que pode passar por um novo organismo que suporte a orquestra.
Confrontado com a decisão da extinção, Alberto Souto, presidente da Câmara de Aveiro, disse que pela parte da autarquia o projecto não cai, ou seja, continuará a comprar espectáculos da filarmonia, 15 por ano e adiantou que a situação poderia ser outra se as outras câmaras tivessem uma atitude idêntica.
Para o autarca, o renascimento da orquestra pode passar por um novo “formato jurídico” implicando ainda um reforço da comparticipação financeira do Estado.