Sábado, 5 Outubro 2024
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Exponor substituída por centro de investigação

A transferência da Exponor para Santa Maria da Feira poderá começar no Verão, altura em que os novos pavilhões deverão começar a ser construídos na continuidade do Europarque, noticia o JN.

«No espaço vago deixado em Matosinhos, surgirá um complexo com vários centros de investigação em áreas ligadas à Saúde, um hotel de cinco estrelas, um espaço empresarial de comércio electrónico, bem como habitação.

Ludgero Marques, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), revelou, ao JN, que, na zona hoje ocupada pela feira internacional, será construído um “espaço tecnológico na área da Saúde”, composto por um centros de investigação científica ligada a áreas como a biotecnologia ou a genética, que receberão mais de 400 investigadores.

Os centros serão desenvolvidos em parceria com entidades nacionais e internacionais. Entre elas está a reputada clínica norte-americana Mayo que, além do espaço de investigação em oncologia, vai também construir um hospital, nos terrenos anexos ao Europarque.

O programa de investimentos da AEP em Matosinhos e Santa Maria da Feira está avaliado em mil milhões de euros e foi já considerado como um PIN (Projectos de Potencial Interesse Nacional) pelo Ministério da Economia.

Um esforço financeiro que poderá ser, em parte, compensado pela construção de habitação nos terrenos de Matosinhos – uma possibilidade até agora negada pela autarquia local. Ludgero Marques, contudo, admitiu que poderá haver “umas coisas desse género”, sem quantificar.

As obras só avançarão, adiantou, quando todas as negociações terminarem. “Não falta muito [para resolver com a Câmara de Matosinhos]”, mas as conversas “estão a andar bem”, disse.

Comércio electrónico

Uma outra valência a surgir no espaço da Exponor, desta feita vocacionada para os empresários, será um centro de Business to Business (B2B), ou seja, de comércio electrónico entre empresas. Ludgero Marques chama-lhe Exponor Século XXI, mas admite “mudar o nome se não gostarem”. Será, garante, o “primeiro centro” do género no país e estará ligado a “todos os [espaços de] B2B internacionais”.

As salas de exposição estarão ligadas a outros centros semelhantes, de forma a que potenciais clientes possam “ver os produtos através de câmaras, discutir preços” e fazer negócio.

A complementar o espaço empresarial e de investigação, haverá residências para investigadores e estudantes, “pelo menos um hotel, de cinco estrelas” e “restaurantes, espaços para as pessoas ouvirem música, lojas dedicadas fundamentalmente aos matosinhenses”, adiantou.

Vinte anos depois

O primeiro acto oficial de Ludgero Marques quando assumiu a presidência da AEP foi a inauguração da feira. Vinte anos depois, assegura que “não há hipótese de se manter a Exponor em Matosinhos”.

A desactualização dos pavilhões – “hoje são armazéns” – e a falta de espaço – “vamos fazer uma coisa quase três vezes maior que Matosinhos” em Santa Maria da Feira – são as razões invocadas para deslocalizar o parque.» (JN

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