Um “falsidade” que é “gravemente lesiva do bom nome e da dignidade pessoa dos visados” é a reacção dos socialistas Antero Gaspar e Rui Paiva, ex-governadores civis de Aveiro, às notícias que apontam como responsáveis de retenção de verbas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Não houve qualquer “desvio”, segundo os ex-governadores. “Aliás, todos os procedimentos relativos à cobrança e à contabilização e realização das despesas, incluindo a entrega de verbas às entidades respectivas, é da responsabilidade directa dos serviços administrativos e de contabilidade”, diz um comunicado subscrito por Antero Gaspar e Rui Paiva.
Os dois consideram que “só por lapso os serviços de contabilidade do Governo Civil não procederam à competente tranferência de verbas para aquela entidade”. Estão em causa 90 .000 euros (cerca dde 18.000 contos).
Antero Gaspr e Rui Paiva consideram estranho que o SEF tenha “demorado um ano e meio a reclamar a entrega das verbas que lhe estão destinadas”.
A situação – a não transferência financeiras para o SEF – chegou a manter-se com a entrada do novo Governador Civil de Aveiro, José Manuel Leão, nomeado pelo Governo PSD.
Antero Gaspar e Rui Paiva consideram que houve “manipulação dos factos” através da ligação de retenção de verbas a subsídios a colectividades brasileiras (o comunicado refere que não foi pago qualquer subsídio a associação brasileira ou de emigrantes portugueses no Brasil) e transformação de uma “simples irregularidade processual em desvio de dinheiro”.
Antero Gaspar e Rui Paiva consideram-se vítimas de uma “campanha maquiavélica e difamatória”, provavelmente desencadeada pelos que se curvam ao poder, diligentes perseguidores (…) fazem da política um verdadeiro antro de calúnias, de mentiras e de autêntico terrorismo”.
