Sábado, 14 Dezembro 2024
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Evacuados em seis minutos e 41 segundos

O primeiro simulacro de incêndio em vinte anos de vida do edifício onde se encontra instalado o Centro Distrital de Segurança Social (CDSS), realizado ontem, foi coroado de êxito, noticia o Diário de Aveiro.

«A organização manteve segredo até à última hora, pelo que o disparo dos alarmes, às 15.48 horas, e o subsequente corte de energia eléctrica colheram funcionários e utentes desprevenidos. Imediatamente a Brigada de Intervenção de Incêndios do edifício se colocou em acção, auxiliando todos a sair calmamente.

Tal como numa situação real, as informações eram desencontradas, mas havia fumo a sair de uma janela no sexto andar, pelo que devia tratar-se de um incêndio. Alguns funcionários não disfarçaram reacções de susto e surpresa. Os bombeiros chegaram 6:41 minutos depois do primeiro alarme para controlar a situação, dando cumprimento ao Plano de Emergência do edifício.

A organização manteve o sigilo até ao limite e o próprio director regional, Celestino Almeida, foi apanhado de surpresa. Afinal, comemorava-se ontem o Dia Nacional da Prevenção e Saúde no Trabalho. «Só tive tempo de pegar no casaco descer as escadas», contou ao Diário de Aveiro. O responsável, depois de devidamente informado, explicou que «as conclusões desta acção darão origem a um relatório minucioso do qual constarão as falhas para que sejam limadas no futuro», mas classificou de «excepcional ter sido possível evacuar cerca de 400 funcionários em seis minutos e pouco».

O simulacro serviu ainda para demonstrar mais uma vez a falta que faz aos bombeiros aveirenses uma auto-escada para conseguir chegar aos últimos andares. Celestino de Almeida prometeu colocar essa situação no relatório que for enviado à Protecção Civil.

Maria Augusta, coordenadora da acção, confirmou igualmente o êxito da operação. «Tínhamos previstos dez minutos para evacuar 443 pessoas, em 16 andares e conseguimo-lo em cerca de seis e isso é muito bom», explicou. A técnica superior de saúde e segurança vai agora reunir com a Brigada Intervenção de Incêndios para apurar as deficiências detectadas. Após a evacuação, duas pessoas mantinham-se dentro do edifício, mas «foram encontradas em apenas dois minutos depois da limpeza do edifício», explicou a técnica que não escondeu alguma estranheza por não terem comparecido no local elementos da PSP, GNR ou Protecção Civil.

Dos Bombeiros Novos de Aveiro, o comandante António Marques revelou que ele e os seus homens não sabiam de nada e «ainda bem, porque é nestas alturas que testamos as nossas capacidades de resposta». O responsável explicou que, «sendo uma situação confinada, a nossa capacidade de resposta é boa, mas se fosse uma frente mais alargada, poderíamos ter que solicitar auxílio de meios suplementares».

«No cenário presente tivemos boa capacidade de resposta», resumiu. Em sua opinião, a auto-escada nem seria necessária para o caso presente, «mas isso não quer dizer que ela não seja essencial no concelho». O responsável referiu que «há disponibilidade do actual Executivo municipal em dotar os bombeiros velhos com uma escada de 40 metros que resolverá as nossas preocupações». No final do susto e do simulacro, o CDSS retomou a sua vida normal.» (Diário de Aveiro)

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