Está em curso um novo projeto de produção de hidrogénio verde em Oliveira do Bairro, através de uma parceria entre a Winpower, a Metalcertima (WP2X) e a Floene, o maior distribuidor de gás em Portugal, representando um investimento superior a oito milhões de euros, com apoio do PRR.
A construção da unidade de produção de hidrogénio verde arranca nos próximos meses, devendo estar pronta até ao final de 2026. O volume inicial estimado de produção é de 17,5 GWh por ano, que pode aumentar em função de novos utilizadores. No total, o projeto permitirá reduzir 5.724 toneladas de CO2 equivalente por ano.
Será produzido hidrogénio verde a partir de um eletrolisador alimentado com água residual de indústrias locais e eletricidade renovável. A Floene irá assegurar a ligação do projeto à rede de gás, permitindo a injeção anual de cerca de 19 GWh de hidrogénio verde, o equivalente a cerca de 3% da energia atualmente entregue à zona da rede de Oliveira do Bairro.
O projeto da WP2X foi vencedor do recente leilão de hidrogénio, constituindo «um impulso decisivo para o arranque de um mercado com grande potencial e um marco estruturante para o setor energético e para a região centro do país». O objetivo é «alimentar indústria e casas no Centro do país»
O projeto PIN – Projeto de Interesse Nacional – surge «numa região com forte tradição industrial vai ter um impacto direto na transição energética do importante cluster cerâmico local, promovendo a sua competitividade e sustentabilidade».
Gabriel Sousa, CEO da Floene, considera esta parceria «muito importante, porque confirma que os gases renováveis são a resposta adequada para a descarbonização de indústrias tão exigentes como a cerâmica, e reforça a coesão territorial, por valorizar o desenvolvimento das comunidades locais».
A promoção da autonomia energética local, substituição do gás natural fóssil por um gás renovável, contribuindo para a neutralidade carbónica da região, reforço da competitividade da indústria local, e promoção da mobilidade sustentável, com potencial para abastecer frotas industriais e, no futuro, outros setores de transporte, são considerados benefícios deste projeto.

