O Edifício da Secção Autónoma de Engenharia Civil da UA, da autoria do Arq. Joaquim Morais Oliveira, é uma das 80 obras seleccionadas para integrar a Habitar Portugal 2003-2005, uma Exposição da Melhor Arquitectura Portuguesa organizada pela Ordem dos
Arquitectos em parceria com a MAPEI.
A Exposição Habitar Portugal é uma iniciativa cíclica e itinerante que pretende «revelar e divulgar a mais recente e melhor Arquitectura Portuguesa e, em simultâneo, aproximar os cidadãos à Arquitectura».
É feito um levantamento das melhores obras construídas em Portugal,
seleccionadas por áreas geográficas, nos últimos três anos, a Habitar Portugal seleccionou um conjunto de obras recentes, tendo sido candidatas as obras da autoria de arquitectos membros efectivos da OA concluídas nos anos de 2003, 2004 e 2005.
Foram seleccionados 80 trabalhos, dez por cada uma das regiões (Norte, Centro, Sul e Ilhas), 15 para cada área metropolitana (Lisboa e Porto) e um conjunto de 10 obras construídas fora do território nacional.
A selecção das obras foi da responsabilidade do comissariado constituído por um comissário geral, arquitecto José António Bandeirinha, e seis comissários regionais, respectivamente Telmo Cruz (AML), Gonçalo Canto Moniz (AMP), Ivo Oliveira (Norte),
Armando Rabaça (Centro), João Matos (Sul) e Nelson Mota (Ilhas).
Esta selecção será apresentada ao grande público em Lisboa, a 2 de Outubro, nas comemorações do Dia Mundial da Arquitectura, contando ainda com outros dois grandes momentos de exibição, no âmbito do 3º Congresso da Ordem dos Arquitectos e, em 2007, numa exposição que terá lugar no Porto.
A Universidade de Aveiro já integrou a Habitar Portugal
2000-2002, com o Edifício da Reitoria.
Departamento de Engenharia Civil – Joaquim Morais Oliveira
«Entre dois departamentos cujos edifícios já estavam construídos, o do Departamento de Engenharia Civil segue, como os outros, as determinações dimensionais do plano para o lado sudoeste da grande alameda porticada ou «sistema claustral», o mais emblemático dos espaços exteriores do campus universitário. Assim, perpendicularmente ao pórtico ou galeria, o edifício desenvolve-se num paralelepípedo alongado, envolvido por panos de tijolo à vista, cujas entradas se
situam nas faces mais pequenas, precisamente as de melhor acessibilidade do exterior.
No interior existem três pisos com características e destinos bem diferentes entre si, mas o mais notável é o intermédio por ser mais pequeno e estar suspenso do piso superior, numa demonstração de capacidades de cálculo aplicadas a um sistema geral de pilares e vigas metálicas, separado das fachadas, no qual a suspensão do piso intermédio é excepção com os seus cabos em pré-esforço. Esta solução projectual deve-se à vontade em tornar o edifício numa demonstração prática dos conhecimentos da Engenharia Civil, que se prolonga pelo uso de lajes pré-fabricadas nos pavimentos, ou chapas metálicas nas coberturas.
O resultado destas opções podem-se observar no ambiente arquitectónico algo industrial dos espaços de pé direito duplo criados pelo recuo do piso intermédio.»
Ficha Técnica:
Arquitectura: Joaquim Morais Oliveira
Estabilidade: Alípio Ferreira, Lello Associados
Instalações Eléctricas: David Leite, PROTEGA
Instalações Mecânicas: Telmo Costa
Águas e Esgotos: Jorge Ribau