Para falar verdade é preciso dizer que ganhar a eleição do próximo Governo português, a 17 de Março, não será por mérito, de facto, do vencedor.
Há muito tempo que é assim. É mais uma questão de convencimento, apresentado sob a forma de promessas do que outra coisa mais complicada.
Os líderes são assim gestores de expectativas, convivendo com porta-vozes de interesses e a entrega da política aos políticos sem intervenção da opinião da maioria que é diferente da publicada. O poder é entregue a quem o disputa nas eleições, sem praticamente intervenção exterior com força. Ou seja, os eleitores não reclama muito se as promessas não são cumpridas e pouco questiona o resultado do trabalho do Governo.
Sandro Cruz
20Fev2002