Dois homens de 26 e 52 anos, foram detidos, por tráfico de estupefacientes e posse ilegal de armas, e duas mulheres, cinco homens e oito pessoas coletivas são arguidos (empresas), durante a operação policial “ALTO OLEICO”, em Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo e Lisboa, de combate à fraude fiscal ao IVA, IRS e IRC, branqueamento de capitais e associação criminosa
A investigação durava há cerca de três anos, os militares da GNR e a Autoridade Tributária e Aduaneira deram cumprimento a 33 mandados de busca, 12 domiciliárias e 21 não domiciliárias, incluindo em escritórios e cofres domiciliados em instituição bancária. A operação apreendeu três armas de fogo; 263 munições; 10 viaturas; 9 705 euros em numerário; 39,1 g de haxixe; 50 g de ouro; cinco computadores; dois tablets; carimbos e «documentação probatória» diversa. Segundo a GNR, a investigação visou uma «rede criminosa dedicada à implementação e prossecução de um esquema de fraude que passava pela aquisição de óleos alimentares a granel em Espanha e à sua posterior revenda no mercado nacional, sem pagamento de qualquer valor de IVA ao Estado português, resultando num prejuízo que ascende a cerca de 3,8 milhões de euros. Para além dos graves danos infligidos ao erário público, esta organização criminosa introduziu um forte fator de distorção do mercado e de adulteração do princípio da livre e leal concorrência.
A operação foi levada a efeito por 64 militares dos Destacamentos de Acção Fiscal do Porto, Coimbra e Lisboa, 15 Inspetores da Autoridade Tributária e militares dos Núcleos Digitais Forenses da GNR. Contou também com o apoio de uma Equipa de Intervenção Rápida da PSP de Braga, bem com a colaboração das forças policiais espanholas e, ainda, com a presença de autoridades judiciárias.