O Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) aprovou o Mestrado Integrado em Medicina da Universidade de Aveiro. No primeiro ano serão disponibilizadas 40 vagas, com um aumento progressivo até atingir 100 novas vagas por ano, segundo comunicado da UA.
A A3ES foi instituída pelo Estado para a avaliação e a acreditação «das instituições de ensino superior e dos seus ciclos de estudos (…)».
A proposta envolve ensino na UA e orientação tutorial clínica mas Unidades Locais de Saúde Região de Aveiro, Entre-Douro-e-Vouga e Gaia/Espinho, no âmbito do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance.
Segundo Paulo Jorge Ferreira, Reitor da UA, «esta é a primeira proposta de mestrado integrado em medicina que a UA apresenta enquanto única instituição universitária envolvida, em parceria com as ULS Região de Aveiro, Entre-Douro-e-Vouga e Gaia/Espinho, no contexto do centro académico clínico Egas Moniz Health Alliance, criado e em funcionamento desde 2021». É também «diferenciador» o investimento no «desenvolvimento de capacidades de atualização ao longo da vida, através da exposição ao longo dos seis anos de curso à área da investigação em estreita relação com a comunidade, com as instituições de saúde e os laboratórios da UA».
«Será garantido um rácio de um estudante: um tutor clínico ao longo das residências em contexto de cuidados de saúde primários e hospitalares, as quais são iniciadas desde o primeiro ano de formação. Aplica igualmente metodologias de avaliação de competências clínicas consideradas best in class a nível mundial nomeadamente objective structured long examination record (OSLER) e objective structured clinical examination (OSCE), segundo a UA. O Mestrado Integrado em Medicina da UA é uma proposta formativa focada na autonomia e participação ativa do estudante no processo de aprendizagem, baseada em casos clínicos desde o seu primeiro ano. O curriculum em espiral, bem como o envolvimento ativo dos utentes no processo de ensino-aprendizagem são parte da sua matriz conceptual.
Quanto à investigação, a CAE considera que “o programa é apoiado pela evidência de múltiplos projetos e atividades de investigação ativa (nacionais e internacionais) em curso nas áreas das ciências médicas e clínicas na UA e no Centro Académico Clínico”, mencionando ainda que “as infraestruturas físicas e os equipamentos disponíveis na UA são adequados para suportar as unidades curriculares”.
Segundo o mesmo comunicado, o curso «capitaliza a visão sem fronteiras entre as diferentes áreas do saber da UA, garantindo que os estudantes se aproximam desde o início do seu processo de formação das restantes profissões da saúde, da engenharia, da ciência de dados, das ciências sociais, garantindo a formação de médicos humanos capazes de responder aos desafios do futuro».