O Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP) e a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) dizem em comunicado que a acreditação do Mestrado Integrado em Medicina na Universidade de Aveiro pode provocar uma «redução da qualidade formativa» e por isso, «obriga a um planeamento estratégico e adequado nos locais de ensino clínico, bem articulado com as Faculdades já existentes».
A declaração é feita na sequência da acreditação do curso anunciada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). O comunicado refere-se a uma «maior pressão formativa nas Unidades Locais de Saúde afiliadas partilhadas com o novo curso ou, por perda de protocolos, nas restantes Unidades Locais de Saúde afiliadas e nucleares.
Aumentar o número de estudantes por doente é «desadequado», segundo o comunicado que alerta para «possíveis implicações éticas e com a possibilidade de que o contacto da pessoa doente com os cuidados de saúde seja negativamente afetado pelo elevado número de intervenientes». Acrescenta que «apenas aumentar o número de estudantes de Medicina em nada resolve os atuais problemas do Serviço Nacional de Saúde, já que este aumento não resulta diretamente num efetivo aumento de profissionais de saúde no SNS».