A coligação PSD/CDS-PP e o PS disputam nas eleições autárquicas de domingo a presidência da Câmara de Aveiro embora o Bloco de Esquerda, questionado sobre a possibilidade de eleger um veredaor diga que o seu projecto é de governação da autarquia.
O BE não conseguirá obter uma maioria para governar a Câmara mas pode eleger um vereador e se o conseguir será um dos cinco da coligação ou um do PS, sendo que as decisões do Executivo podem ficar dependentes do voto dos bloquistas.
A CDU tenta, mais uma vez, entrar no Executivo camarário, mas a eleição de um vereador será mais provável para o BE. Bastará que aconteça o que o Bloco tem conseguido em Aveiro, que é dobrar a votação, como tem acontecido nos últimos actos eleitorais.
A coligação tenta o segundo mandato. Tem como positivo o facto de ter avançado com o pagamento de dívida, uma «herança pesada» que atribui ao mandatos anteriores do presidente socialista Alberto Souto.
Mas tem contra a sua candidatura, desde logo, a relação conflituosa entre os dois partidos. Também são factores negativos alguns casos que agastaram o mandato como a venda das piscinas ao Beira-Mar ou a negociação de mecenato a favor de associações, cujas verbas atribuídas por empresas são para descontar nos valores que a Cãmara deveria atribuir.
Esta campanha termina sem o conhecimento de sondagens. A última conhecida, foi divulgada em Julho que atribuía 55 por cento dos votos para a coligação e 27 por cento para o PS enquanto o Bloco de Esquerda teria 8 por cento e a CDU 2 por cento. Estes resultados significariam a eleição de seis vereadores para o PSD/CDS-PP e três para o PS.
Contudo o cenário de hoje não será tão vantajoso para a coligação.
