Menos de 24 horas depois o fogo voltou à corticeira Lamozel em Mozelos, Santa Maria da Feira, noticia o Diário de Aveiro.
«Desta vez foi nos silos de pó de cortiça, que estão afastados do pavilhão de produção que tinha ardido durante a madrugada, colocando em risco os postos de trabalho dos cerca de 75 trabalhadores, segundo dados do sindicato do sector.
O alerta de incêndio foi recebido pelo Bombeiros de Lourosa cerca das 23.10 horas de anteontem. Desta vez os portões eléctricos da fábrica estavam abertos. Os silos foram descarregados e uma hora e meia depois o incêndio estava extinto. O coordenador do Sindicato da Cortiça, Manuel Mendes estranha estes acidentes consecutivos nesta empresa e garante que «ela está debaixo de olho».
Manuel Mendes diz que a administração da Lamozel «é complicada e não está aberta ao diálogo e os próprios funcionários estão proibidos de abrir a boca». O sindicalista recorda que esta empresa «é cadastrada em matéria de acidentes», que, segundo ele, poderá estar ligada às fracas condições de trabalho e segurança. O próprio sindicato do sector não sabe o futuro dos trabalhadores que, segundo Manuel Mendes, estão a trabalhar nas limpezas dos escombros.
Afirma ainda que alguns trabalhadores que não se querem identificar, estão a prever que as férias este ano chegarão mais cedo um mês. «Mas quando acabarem, os trabalhadores receiam que a fábrica já não abra mais», diz.
A PJ também já esteve no local e está a investigar as causas do incêndio que deflagrou na madrugada de anteontem e destruiu todo o pavilhão onde estava a maquinaria da produção». (Diário de Aveiro)
