Dois dias antes da manifestação do próximo sábado contra a construção do parque de estacionamento subterrâneo no Rossio, em Aveiro, a Câmara de Aveiro, que tem um projeto em fase de concurso público anunciou quatro pareceres positivos, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Agência Portuguesa do Ambiente , pela Direção Regional de Cultura do Centro e da EDP.
São de «entidades que têm competências legais de gestão na área de incidência do projeto de qualificação do Rossio, confirmando a legalidade e a qualidade do projeto», segundo comunicado.
Os pareceres condicionam à demonstração de que «não está em risco pessoas e bens nomeadamente pelos mecanismos de gestão que vai ter de proteção ao risco de inundação, a conservação das ruínas da Capela de São João e o acompanhamento arqueológico da obra», o que está previsto, segundo a autarquia. Sobre a relocalização de um dos postos de transformação de energia, «está em fase final de definição em trabalho».
A Câmara teve conhecimento da resposta do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas a uma proposta apresentada pelo movimento Juntos pelo Rossio. Trata-se de uma proposta de «classificação de interesse público do conjunto arbóreo do Rossio Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Segundo o comunicado, o ICNF «informou a Câmara Municipal de Aveiro da sua decisão de indeferir, considerando que nos parâmetros de análise, ao nível do porte, da idade, do significado natural, histórico, cultural e paisagístico, de testemunho de factos históricos, da sua singularidade, entre outros aspetos, nada justifica essa classificação, que, a acontecer, obrigaria à sua preservação».
Falta um «número representativo de exemplares com características suscetíveis de justificar a classificação individual como arvoredo de interesse público», segundo o comunicado da autarquia que propõe um árvores «com qualidade, de natureza ripícola e com valor ambiental e patrimonial, que em muito vai valorizar o jardim do Rossio».