Em pré-campanha para as legislativas, o Bloco de Esquerda saiu da reunião com a administração do hospital de Aveiro, esta quarta-feira, lamentando que «a ampliação ainda não teve autorização da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro) pelo que não se pode iniciar nem projeto nem empreitada». Moisés Ferreira e Nelson Peralta, deputados eleitos pelo distrito e candidatos do Bloco às legislativas de 30 de janeiro, lamentam ainda que «apesar da urgência desta ampliação não existem ainda fontes de financiamento identificadas ou asseguradas».
O BE responsabiliza o Governo, a «forma como arrasta e protela este investimento prejudica o SNS e a região de Aveiro (…) não se pode aceitar que encontre subterfúgios burocráticos (de pedidos de autorização em cascata) para adiar a obra. É inacreditável como preferiu gastar mais 317 milhões de euros num buraco chamado Novo Banco em vez de investir no projeto e empreitada de ampliação do hospital de Aveiro». O último valor para a obra refere um custos de 180 milhões de euros, sendo que os deputados socialistas do círculo de Aveiro já disseram que o Estado irá financiar a obra. Mas, os bloquistas acusam a atitude do PS, que «tem barrado estes investimentos com subterfúgios burocráticos; a Direita prefere desviar os recursos para o setor privado em vez de investir no SNS», diz em comunicado.
Depois da reunião os deputados e recandidatos ao cargo, difundiram um comunicado no qual fazem a promessa de “se bater” pela ampliação e um centro de hemodinâmica, «muito importante para, por exemplo, dar uma resposta rápida a vítimas de enfarte». O comunicado lembra que «hoje em dia, alguém com um episódio deste tipo é transferido para Coimbra ou, quando Coimbra não consegue receber os doentes, é transferido para o Gaia ou para o Porto (…) situações em que todos os segundos contam para salvar vidas e evitar sequelas incapacitantes».