A saída da directora-executiva da Aveiro Expo, Ana Paulo Mariano, foi, para a Câmara, uma «rescisão do contrato de trabalho por mútuo acordo», segundo afirma o vereador Jorge Greno, noticia o Diário de Aveiro.
«Contudo, a saída poderá estar relacionada com uma relação conflituosa entre as duas partes. O Diário de Aveiro não conseguiu ontem confirmar se haverá lugar a alguma indemnização, mas da parte da Câmara «não serão revelados dados do acordo» alcançado com a ex-directora-executiva.
Esta versão da Câmara contraria a do ex-vereador, Domingos Cerqueira, que num artigo de opinião publicado na passada segunda-feira no Diário de Aveiro coloca Ana Paula Mariano como vítima de um processo engendrado pela Câmara para provocar a sua saída, devido à relação difícil com Diogo Machado, contratado para director de Projectos e Marketing da Aveiro-Expo.
Além do ex-vereador, não se posicionou mais alguém ao lado de Ana Paula Mariano desde que abandonou as funções.
Depois da entrada da nova maioria para o Executivo camarário gerou-se um «mal estar» – embora esta não seja a versão oficial da autarquia – no relacionamento com Paula Mariano, mas a Câmara nega que tenha considerado mover um processo disciplinar, embora o vereador tenha dito que seria uma das escolhas para a sua saída, enquanto outra passaria pela rescisão por mútuo acordo, como veio a acontecer.
Mas as referências negativas à ex-directora-executiva ultrapassam a esfera da autarquia e são anteriores à entrada da nova maioria na governação camarária. Chegaram a atingir outras relações profissionais como aconteceu, de forma mais expressiva, com Amadeu Morais, que anualmente participa na organização da Agrovouga.
Entretanto, são mais as mexidas nos cargos dirigentes da Aveiro Expo, além da entrada de Diogo Machado e da saída de Ana Paula Mariano. Jorge Greno atribuiu a Paulo Leite, representante da Associação Industrial do Distrito de Aveiro, accionista privado da Aveiro-Expo, funções executivas como administrador da empresa municipal.» (Diário de Aveiro)
