Domingo, 23 Novembro 2025
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Auditoria sem data marcada

Foi um acordo prévio assinado pela presidente da Junta, Catarina Barreto (PSD), e o eleito do Chega, Ricardo Nascimento, que fixou os nomes que passaram a compor os órgãos daquela autarquia, após duas tentativas, falhadas, em duas reuniões. Na passada quarta-feira antes de começar a reunião da Assembleia de Freguesia, os nomes já estavam combinados para garantir a aprovação. Nas duas anteriores, o PS (três votos), os independentes “Sentir Aradas” (três votos) e Chega (um voto) votaram contra enquanto o PSD (com seis votos) votaram a favor. Nas autárquicas, o PSD venceu as eleições mas os três partidos da oposição, juntos, têm mais um voto e, conseguiram reprovar a composição dos órgãos que Catarina Barreto propôs duas vezes. O acordo das três forças, adversárias do PSD, falhou à terceira. O Chega optou por fazer um novo acordo, com o PSD, e desligou-se do outro, com o PS e “Sentir Aradas”. Com o voto do Chega e os seis do PSD, seriam mais do que os do PS e “Sentir Aradas” juntos.

Na quarta-feira, com um novo acordo assinado, o Chega votou a favor ao lado do PSD. O acordo que o Chega assinou refere na primeira cláusula que Ricardo Nascimento «será integrado no órgão executivo» da Junta e, a segunda, indica os membros da Mesa da Assembleia de Freguesia, todos dos PSD.

Antes deste acordo, o Chega também votou contra Catarina Barreto de forma a conseguir uma auditoria financeira à Junta, acesso a informação e resolução de conflitos laborais de duas funcionares. Se estas condições fossem satisfeitas, votariam a favor. Nas duas assembleias, Catarina Barreto perdeu a votação, quando o Chega se manteve com o PS e o “Sentir Aradas”. Mas à terceira reunião conseguiu um acordo e o Chega votou a favor,  conseguindo um lugar no Executivo. Por isso Catarina Barreto entrou, confiante, para a terceira reunião, sabendo que, dessa vez, a composição dos órgãos seria aprovada, com o voto do Chega. Tinha assinado, «de boa-fé e de mútuo acordo» um “Acordo Político-Programático”.

 Quanto às três condições, o acordo aponta a realização de uma auditoria mas «em termos, moldes e data a definir exclusivamente entre as partes e em data oportuna». Sobre as duas funcionárias e acesso a informação, o acordo nada refere.

Mas refere que o Chega e o PSD «comprometem-se a assegurar a execução e estabilidade das soluções governativas decorrentes do presente acordo, abstendo-se de adotar comportamentos que, direta ou indiretamente, comprometam a sua eficácia política e administrativa».

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