A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) protesta contra a atribuição de um regime de exceção na atualização de tarifas à Águas do Centro Litoral e avisa sobre opções que vão gerar, já no corrente ano, «mais dois milhões de euros a pagar, no fim da linha, pelos utilizadores na Região de Aveiro». A CIRA faz um pedido urgente de audiência à Ministra do Ambiente e Energia e ao Presidente das Águas de Portugal para reivindicar uma «imediata alteração». Está criada, segundo a CIRA, organização de 11 municípios da região de Aveiro, uma «injustificada e insustentável situação que exige o reiterar da decisão oficial, há muito comunicada, de abandonarmos as Águas do Centro Litoral».
O decreto-lei nº 97/2025, de 21 de agosto surpreendeu a CIRA. Esperava que a «atualização de tarifas e rendimentos tarifários fosse, para 2025, nos termos das decisões tomadas nos anos transatos, admitindo-se uma atualização em linha com o Índice Harmonizado de Preços do Consumidor-IHPC.
A exceção conferida «assume-se como um cheque em branco entregue às Águas do Centro Litoral supostamente necessários à estabilidade da empresa, sem qualquer condição de controle prévio pelo regulador e pela concedente.
Segundo comunicado, os municípios da região de Aveiro «estabeleceram, há 15 anos, uma parceria com a tutela materializada na empresa Águas da Região de Aveiro, responsável pelo fornecimento de água e pela recolha de águas residuais a cerca de 350 mil pessoas».
A prioridade é evitar a subida de preços mas «o aumento permanente e exponencial do custo do serviço em alta, torna completamente impossível disponibilizar aos clientes finais um serviço de qualidade a preços socialmente aceites».