Terça-feira, 10 Dezembro 2024
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Voluntários para acompanhar idosos

A Santa Casa da Misericórdia de Aveiro vai avançar para a criação de um serviço de acompanhamento das necessidades dos idosos (ANI), assente no voluntariado, noticia o JN.

«As inscrições ainda estão abertas, mas os primeiros voluntários deverão começar a receber formação já no fim deste mês.

De acordo com o provedor da Santa Casa, António Canas, a necessidade deste novo serviço foi identificada durante o estágio que alunos da licenciatura em Gerontologia, da Escola Superior de Saúde de Aveiro, pertencente à Universidade de Aveiro, estão a realizar, desde Dezembro, no Complexo Social da Santa Casa da Misericórdia, na Moita, freguesia de Oliveirinha.

“Uma das necessidades mais prementes na maioria dos utentes da valência de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) prende-se com a questão do isolamento social e emocional”, explicou António Canas, ao JN, sustentando que “o acompanhamento social é imperativo, pois condiciona o bem-estar físico e psicológico dos utentes e, num estado débil, pode fazer a diferença”.

Na fase inicial, a Santa Casa da Misericórdia pretende criar cinco equipas, com dois elementos cada uma, destinadas a acompanhar cinco idosos residentes nas freguesias da Glória e Vera Cruz, escolhidos entre os 50 que já usufruem do Serviço de Apoio Domiciliário.

“Vamos sinalizar aqueles casos que apresentem maior carência a nível emocional e social”, diz António Canas. Quanto aos voluntários (as inscrições continuam abertas), o que lhes é exigido é que tenham entre 18 e 65 anos, algum tempo livre e disponibilidade para trabalhar em equipa.

A Santa Casa vai dar-lhes formação em voluntariado (três horas), relacionamento interpessoal (seis horas) e atitudes, mitos e estereótipos associados aos idosos (seis horas).

Atenuar a solidão

“Os sentimentos de menos valia, conjuntamente com relacionamentos insatisfatórios, podem ser a causa de um decréscimo de auto-estima, podendo conduzir a um descuido na alimentação, na higiene e na administração de medicamentos. Pelo contrário, quando as relações afectivas são vistas como gratificantes, os níveis de auto-estima aumentam”, refere o provedor, considerando a aposta na criação de equipas de voluntários, “com competências comunicacionais e atitudinais assentes numa perspectiva biopsicossocial”, uma mais-valia capaz de complementar o serviço de apoio domiciliário”.

Para os responsáveis da Santa Casa, é fundamental “minorar o sentimento de solidão” dos idosos. As equipas de voluntários poderão ter um papel importante como “mediadores entre as redes de suporte formal e informal”, mas, também, no apoio às famílias.» (JN)

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