Segunda-feira, 2 Dezembro 2024
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Urgência do hospital tem novo sistema de triagem

O serviço de Urgência do Hospital de Aveiro tem, a partir de hoje, uma nova forma de atendimento, noticia o JN.

«Após a inscrição, os utentes serão observados por um enfermeiro que os classifica clinicamente com uma de cinco cores, consoante o grau de gravidade. O Sistema de Triagem de Prioridades de Manchester, já adoptado em vários hospitais portugueses, pretende diminuir o tempo de espera dos casos mais graves.

As situações mais complicadas receberão do profissional de saúde que fará a triagem as cores vermelha (situação emergente, com atendimento imediato) e laranja (muito urgente, atendimento em 10 minutos). Ainda segundo as previsões do Sistema de Manchester, as situações urgentes recebem a cor amarela (até uma hora de espera), o verde é para os casos pouco urgentes (até duas horas de espera) e o azul traduz situação não urgente (até quatro horas para ser visto por um médico).

“Este sistema permitirá que os utentes sejam atendidos por critérios clínicos de gravidade e não por ordem de chegada, como, em parte, acontecia até aqui”, explica Sónia Pereira, administradora da Urgência.

Para já, e ao contrário do mecanismo instalado em outros hospitais, Aveiro não tem um quadro electrónico com o tempo previsto de espera para cada cor. “Por falta de espaço na Urgência provisória e para que as mudanças sejam graduais”, justifica Sónia. “Logo que a nova urgência seja inaugurada, o que acontecerá em Maio ou início de Junho, a informação do tempo de espera estará publicamente disponível”, acrescenta.

Pediatria sem alterações

A Urgência da Pediatria não é, para já, abrangido pelo Sistema de Manchester, “por falta de espaço nos contentores provisórios”, refere Sónia Pereira. A nova triagem será aplicada na Pediatria da nova Urgência.

O tempo médio de espera na Urgência de Aveiro é de 3.30 horas. Sónia Pereira não consegue prever se a média vai ou não diminuir. “A única certeza é que os casos urgentes vão ser atendidos mais rapidamente”, repete. Os únicos doentes que fogem à triagem são os transportados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Mesmo os urgentes provenientes dos centros de Saúde passam primeiro pelos enfermeiros. Numa fase inicial, vão funcionar dois centros de triagem, aumentando à medida de um por cada dez doentes.» (JN)

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