O Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro (UA) vai apoiar tecnicamente a Prefeitura Municipal de Campinas, Brasil, na reabilitação do centro da cidade.
A prefeitura pretende «contrariar os efeitos da fragmentação urbana e os sinais de abandono que gradualmente têm assolado os edifícios antigos da cidade escolhida pela seleção portuguesa para estagiar durante o Campeonato do Mundo de Futebol no Brasil», segundo comunicado da UA.
Trata-se de requalificar uma cidade de um milhão de habitantes com 240 anos de história, uma das mais importantes do Estado de São Paulo, através de um protocolo de , firmado em finais de junho entre a UA, a Prefeitura de Campinas, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Os principais objetivos do projeto são «contrariar a desvalorização urbana através da preservação do património arquitetónico enquanto elemento fundamental da cultura de Campinas, permitindo fomentar no centro da cidade um desenvolvimento económico e social com capacidade de atrair investimento nacional e estrangeiro, nomeadamente através do turismo». Segundo a UA, foi ainda pedido à equipa multidisciplinar de Aveiro que apoie os estudos para valorizar a componente multicultural da cidade com grande destaque para as caraterísticas luso-brasileiras do património arquitetónico edificado.
“O processo [de reabilitação] vai ser desenvolvido de forma gradual, começando pela intervenção na Avenida Francisco Glicério, situada no centro de Campinas com uma extensão de 2,35 quilómetros por 22 metros de largura, que servirá de projeto piloto do processo de requalificação do centro”, diz Aníbal Costa, professor catedrático do DECivil e líder da equipa da UA. Fazem ainda parte da equipa Alice Tavares, e os investigadores Humberto Varum, Romeu Vicente e Fernanda Rodrigues, como responsáveis de áreas específicas de abordagem
A escolha da UA para a reabilitação do centro citadino «surge na sequência de diversas ações desenvolvidas no âmbito da tese de doutoramento em curso no DECivil da arquiteta Alice Tavares, que será a coordenadora geral executiva do processo, num trabalho conjunto com o Núcleo de Campinas do IAB».