Já tem financiamento garantido, de 7 milhões de euros, o Laboratório Nacional para a Rastreabilidade dos Produtos da Pesca e Aquicultura, uma estrutura «única no país que permitirá prestar serviços às empresas e atestar a origem geográfica e os métodos de produção de bens alimentares de origem marinha», segundo comunicado da Universidade de Aveiro.
O financiamento é do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Os sete milhões serão aplicados na reabilitação e adaptação do edifício da antiga depuradora, na aquisição de equipamento, contratação de dois investigadores e dois técnicos superiores. Este investimento «contribui para a implementação da estratégia da Universidade de Aveiro para o desenvolvimento de modelos sustentáveis de valorização dos recursos vivos marinhos, em linha com a Estratégia Nacional para o Mar e a visão europeia para a Bioeconomia Azul».
A UA pretende articular os setores do mar e agricultura, «traduzindo um lema repetidamente ouvido entre investigadores, técnicos e empreendedores: ‘A revolução azul tem de se tornar cada vez mais verde’. A frase é uma referência não só à crescente necessidade de valorização de recursos marinhos, como algas e plantas marinhas, mas também à articulação com o setor agrícola».
O investigador exemplifica coim a «intenção de estudar uma espécie de pequenos crustáceos marinhos que ocorre na Ria de Aveiro e que consegue transformar a rama das cenouras e casca de batata, subprodutos do sector agrícola, em ácidos gordos ómega-3.sustentabilidade e da articulação entre os setores do mar e agricultura, traduzindo um lema repetidamente ouvido entre investigadores, técnicos e empreendedores: ‘A revolução azul tem de se tornar cada vez mais verde’. A frase é uma referência não só à crescente necessidade de valorização de recursos marinhos, como algas e plantas marinhas, mas também à articulação com o setor agrícola. Traduzido em ideias concretas e a título de exemplo, Ricardo Calado refere a intenção de estudar uma espécie de pequenos crustáceos marinhos que ocorre na Ria de Aveiro e que consegue transformar a rama das cenouras e casca de batata, subprodutos do sector agrícola, em ácidos gordos ómega-3».
INFO UA O CITAqua terá duas vertentes de trabalho complementares, este Laboratório Nacional que «prestará serviços a empresas e autoridades nacionais com responsabilidade no setor do mar e dos recursos aquáticos, e o Laboratório para a Produção 5.0 Super-Intensiva de Algas e Bivalves, que estará dedicado à produção e valorização de micro e macroalgas, assim como moluscos bivalves, espécies de níveis tróficos mais baixos que não dependem de rações para o seu desenvolvimento e, embora abundantes na Ria de Aveiro, estão ainda pouco estudadas». Este último laboratório estará vocacionado para desenvolver projetos em copromoção com outras entidades, nomeadamente, empresas.
O CITAqua trabalhará, portanto, em áreas complementares ao CEPAM. Exemplo da complementaridade e vertente deste, o projeto AquaMMin, apoiado pelo programa operacional MAR2020, dedicado ao desenvolvimento e otimização de um sistema de aquicultura modular multitrófica integrada, implicou a instalação, no recinto do ECOMARE, de oito linhas de produção de três níveis tróficos diferentes que se comunicam e articulam. Os nutrientes não utilizados no nível trófico mais elevado serão o input e alimento dos tanques seguintes na cadeia de produção, maximizando os recursos e permitindo rigoroso controlo de qualidade dos ambientes e da produção em cada nível trófico».